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Nº 5595
Política

CIRURGIAS E EXAMES REPRESADOs EXPÕEM GESTÃO DE CAOS NA SESAU A promessa de “zerar” a fila de espera por 50 mil cirurgias eletivas e mais de 700 mil deixadas pela gestão passada da Saúde é a prova de que os hospitais novos por fora têm uma aparência bonita, alguns dispõem de equipamentos modernos, mas carecem de estratégias, expõe a falta de planejamento nos últimos sete anos na Sesau e neste momento desenvolvem uma política eleitoral de procedimentos numa tentativa de amenizar o caos no setor.

A promessa de “zerar” a fila de espera por 50 mil cirurgias eletivas e mais de 700 mil deixadas pela gestão passada da Saúde é a prova de que os hospitais novos por fora têm uma aparência bonita, alguns dispõem de equipamentos modernos, mas carecem de est

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 25/06/2022 - Matéria atualizada em 25/06/2022 às 04h00

A promessa de “zerar” a fila de espera por 50 mil cirurgias eletivas e mais de 700 mil deixadas pela gestão passada da Saúde é a prova de que os hospitais novos por fora têm uma aparência bonita, alguns dispõem de equipamentos modernos, mas carecem de estratégias, expõe a falta de planejamento nos últimos sete anos na Sesau e neste momento desenvolvem uma política eleitoral de procedimentos numa tentativa de amenizar o caos no setor. A avaliação é do deputado Davi Maia (UB). “Construir foi a parte mais fácil. Difícil agora é manter esta estrutura, necessária, funcionando, de forma organizada e articulada. Como hospitais e UPAs vão funcionar a partir de 2023?”, questionou o parlamentar. Ao exemplificar que as novas estruturas têm dificuldades de atender as pessoas, destacou que, diariamente, recebe denúncias de pacientes como a de uma senhora em Delmiro Gouveia que se deslocou mais de 60 quilômetros para conseguir atendimento. “A senhora estava precisando fazer um parto. Não conseguiu ser atendida por falta de insumos na maternidade e teve que se deslocar até Santana do Ipanema. Situações deste tipo viraram rotina no interior”, lamentou o deputado.

Há casos de trabalhadores que quebraram a perna ou sofreram acidentes nos membros em Porto Calvo, tiveram que se deslocar para o município de Coruripe, distante mais de 100 quilômetros e que fica no sul do Estado. Explicou que a situação ocorreu por conta do confuso sistema de regulação da Secretaria de Estado da Saúde.

“O Hospital Geral do Estado vive cheio de pacientes que não são atendidos, por exemplo, no Hospital Metropolitano. A desorganização na saúde pública é uma das heranças que o ex-governador Renan deixou para o governador-tampão resolver”. Maia disse ainda que a gestão passada se notabilizou pela propaganda e pouco resultado. “Na propaganda tudo é bonito, funciona e na prática o povo sofre nas longas filas de espera nas UPAs ou aguardam as definições da regulação do atendimento”.

INQUÉRITOS

Além dos problemas de atendimento, há inquéritos administrativos prontos e outros abertos pelos ministérios públicos Federal e Estadual que investigam os plantões fantasmas de um seleto grupo de servidores que recebiam mais de R$ 70 mil/ mês, disse Davi Maia, que acompanha o andar das investigações e o caso dos R$ 5 milhões que a gestão do Executivo estadual pagou adiantado pela aquisição de 32 respiradores para pacientes da Covid-19, em 2020, e os equipamentos até hoje não chegaram. “Alagoas e mais oito estados do Nordeste sofreram um calote de R$ 50 milhões, pagaram antecipados pelos equipamentos e sem garantia de recebê-los”.

Segundo o deputado, “em breve haverá novidades. ”A Polícia Federal, Procuradoria da República e Controladoria Geral da União avançam nas investigações que recaem sobre os governadores que pagaram antecipado por equipamentos que nunca chegaram”, disse o deputado, que integra o grupo de parlamentares nordestinos que acompanham as investigações do caso conhecido como “Calote dos Respiradores” e integram a CPI da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte que investiga o caso. AF

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