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Nº 5595
Política

PREFEITO COBRA POLÍTICA DE INTERIORIZAÇÃO DO TURISMO EM ALAGOAS

Segundo Fernando Sérgio Lira, investidores não encontram infraestrutura necessária para novos empreendimentos

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 16/07/2022 - Matéria atualizada em 16/07/2022 às 04h00

Ao destacar o que representa o setor do turismo para os municípios de Alagoas, o vice-presidente da AMA considerou que a próxima gestão do Executivo estadual precisa interiorizar a política de desenvolvimento desse setor, criar um calendário de investimentos e a cultura de turismo como fonte econômica. “Alagoas é um estado pequeno, além do turismo de sol e mar do litoral, tem as lagoas [Mundaú e Manguaba], a região do Sertão, do São Francisco, da Zona da Mata, até o circuito do frio para a baixa temporada. A base do desenvolvimento do turismo é territorial, não é só de Maragogi, Maceió”. Ele admitiu que, nos últimos anos, os prefeitos enfrentaram dificuldades do Executivo Estadual para desenvolver esse setor. Destacou que a situação não foi pior poque a iniciativa privada investiu. Admitiu também que os investidores não encontraram a infraestrutura necessária para os novos empreendimentos. Até os prefeitos são cobrados por isso. “O Estado e as prefeituras agora estão fazendo obras de infraestrutura”.

ÁGUA E ESGOTO

A gestão passada do governo de Alagoas entregou para a iniciativa privada, em leilões, os serviços de água e esgoto que eram da Companhia de Saneamento de Alagoas e de alguns municípios. Na época, o prefeito Fernando Sérgio Lira foi contra a política de “privatização” [outorga] dos serviços da autarquia. Chegou a fazer uma carta recusando a proposta do executivo estadual. A manifestação do prefeito contrário fez com que o governo do Estado deixasse os recursos do leilão nos municípios. Desse ativo, Lira confirmou que recebeu do leilão grupo “C” 50% de R$ 21 milhões. Justificou que resolveu mudar de opinião e aceitar a proposta porque nem Estado nem o município teriam como investir R$ 280 milhões para o saneamento em Maragogi. “Todos os municípios da minha região receberam, proporcionalmente, a fatia do leilão dos serviços de água e esgoto que agora está com a iniciativa privada”. A cidade de Maragogi tem 35 mil habitantes. Quando começa a temporada de turismo, na primavera, a população triplica. Ao ser questionado se no próximo verão acabará o drama da falta de água na cidade, o prefeito foi taxativo: “Não sei. Só vou saber a partir de outubro. Espero que sim”. O município tinha dois sistemas de abastecimento de água: um da Casal e outro, o sistema próprio. Os dois não conseguiam atender à demanda na alta temporada, admitiu o prefeito.

POLÍTICA

A Associação dos Prefeitos vai conversar com todos os candidatos majoritários nas eleições gerais de outubro. “Tudo acontece nos municípios, por isso queremos ouvir os candidatos a governador, a vice e os candidatos ao Senado. A ideia é manter os prefeitos informados sobre o que os candidatos querem fazer na gestão estadual se forem eleitos”. Fernando Sérgio Lira disse que, com relação ao governo federal da próxima gestão, espera que seja revisto o pacto federativo. “O governo federal passa as atribuições para os gestores municipais e os repasses financeiros, na maioria das vezes, não banca os custos”. Com relação ao Estado, os prefeitos querem saber qual o plano de desenvolvimento para a Saúde, Educação, Segurança, Infraestrutura, Turismo.

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