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Nº 5903
Política

Alian�a entre PT e PL fica cada vez mais dif�cil

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a verticalização das coligações deve dificultar a aliança entre PT e PL. A afirmação foi feita pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que acompanhou ontem o julgamento do STF. Segundo el

Por | Edição do dia 19/04/2002 - Matéria atualizada em 19/04/2002 às 00h00

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a verticalização das coligações deve dificultar a aliança entre PT e PL. A afirmação foi feita pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que acompanhou ontem o julgamento do STF. Segundo ele, a união entre os dois partidos ficou muito difícil com a decisão. “Vamos tentar por outro caminho, em conversas individuais com nossas lideranças em todos os Estados. Mas ficou muito difícil. Não podemos prejudicar as candidaturas nos Estados”, disse Costa Neto. O senador José Alencar (PL-MG) estava cotado para ser o vice do petista Luiz Inácio da Silva na disputa presidencial, mas a aproximação dos dois partidos foi prejudicada pela verticalização. O PL, em muitos Estados, entre eles o Rio Grande do Sul e São Paulo, já declarou que não há possibilidade de aproximação com o PT. O deputado não quis comentar o mérito da decisão do Supremo. “Não tenho o que discutir. Decisão da Justiça é para cumprir”, ressaltou o deputado. Em relação ao projeto de decreto legislativo que tenta anular a decisão do TSE, que institui a verticalização, Costa Neto disse que acredita que a matéria não deve ser aprovada pelo plenário da Câmara. A proposta de decreto legislativo não contará com o apoio do presidente da Câmara, o deputado Aécio Neves (PSDB-MG). Segundo Aécio, se vier a ser apresentado, o projeto vai tramitar, mas ele salientou não considerar o decreto legislativo o instrumento adequado “para dirimir esta questão”. Ele destacou que o poder legislativo não deve “adentrar nas atribuições de outro poder”. “Se alterarmos a decisão do TSE, amanhã estaremos abrindo um precedente para que também possamos alterar uma decisão do Supremo”, frisou. Para Aécio, o problema estaria em definir quem seria o responsável por fazer cumprir esta decisão. “Nós temos por acaso uma polícia legislativa para obrigar a cumprir determinada decisão?”, questionou Aécio. Diante disso, o presidente da Câmara afirmou que, apesar do “descontentamento” de alguns sobre a decisão, não podemos romper o equilíbrio institucional entre os poderes”.

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