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Nº 5759
Política

Miro pede den�ncia de candidaturas-laranjas

Rio de Janeiro – O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Miro Teixeira (RJ), defendeu ontem que os candidatos-laranjas, que podem ser lançados este ano nos Estados para driblar a verticalização das alianças eleitorais  decretada pela Justiça, sejam denunc

Por | Edição do dia 20/04/2002 - Matéria atualizada em 20/04/2002 às 00h00

Rio de Janeiro – O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Miro Teixeira (RJ), defendeu ontem que os candidatos-laranjas, que podem ser lançados este ano nos Estados para driblar a verticalização das alianças eleitorais  decretada pela Justiça, sejam denunciados publicamente, pois  são passíveis de impugnação. Autor da consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que gerou o engessamento das coligações em decisão mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Miro afirmou que o lançamento de candidaturas falsas reduziria a política ao nível da “contravenção” e mostraria o seu grau de “putrefação”. “O camarada que estiver propondo candidatura laranja é um delinqüente, não um político”, disse. Segundo ele, “laranja sempre foi criminoso”. O termo é tradicionalmente usado para designar pessoas que figuram no lugar de outras, fornecendo seu nome e documentos para operar empresas de fachada e movimentar contas bancárias com dinheiro de origem suspeita ou criminosa. Miro, porém, disse não ver facilidade para o lançamento de laranjas sem que sejam impugnados na Justiça eleitoral, o que poderia levar à cassação de seus registros de campanha. Convenção “O candidato tem que ser filiado, tem que ser aprovado por uma convenção, o tempo de televisão do partido tem que ser ocupado por ele”, lembrou. “E aí? Bota na televisão que esse candidato não é para valer? Além do mais, o horário eleitoral de um partido não pode ser freqüentado por candidato de outro, a não ser que estejam coligados”. Ele lembrou que as eleições não são reguladas exclusivamente pela resolução do TSE. “Tem código eleitoral e tem outras resoluções relativas à propaganda”, lembrou. O parlamentar afirmou estar convencido de que alguns setores da esquerda “adquiriram hábitos das oligarquias que sempre censuraram”. Miro considerou “fundamental e indispensável” a decisão que confirmou a verticalização, que combaterá, segundo ele, a forma de fazer política usual até a mudança, na qual o candidato e seu partido assumem “poses nacionais” que não condizem com as alianças que fazem “nos grotões”. “Lá no grotão, fazem acordos com quem, no cenário nacional, na televisão, denunciam” atacou. “E elegem dois deputados, três deputados. Assim as oligarquias vão se perpetuando”.

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