DEPUTADOS CRITICAM OMISSÃO DA GESTÃO ANTERIOR EM RELAÇÃO À INCLUSÃO DIGITAL A gestão Renan Filho foi omissa em relação a investimentos em tecnologia na Educação, afirmam deputados ao discutir a exclusão digital de crianças e adolescentes do ensino público. A suposta omissão foi tema de debates no plenário da Assembleia Legislativa, pelos deputados Davi Maia (UB) e Cabo Bebeto (PL). Eles condenam a distribuição de R$ 220 milhões para atrair alunos em pleno período eleitoral. “É um casuísmo eleito
A gestão Renan Filho foi omissa em relação a investimentos em tecnologia na Educação, afirmam deputados ao discutir a exclusão digital de crianças e adolescentes do ensino público. A suposta omissão foi tema de debates no plenário da Assembleia Legislativ
Por arnaldo ferreira | Edição do dia 23/07/2022 - Matéria atualizada em 23/07/2022 às 04h00
A gestão Renan Filho foi omissa em relação a investimentos em tecnologia na Educação, afirmam deputados ao discutir a exclusão digital de crianças e adolescentes do ensino público. A suposta omissão foi tema de debates no plenário da Assembleia Legislativa, pelos deputados Davi Maia (UB) e Cabo Bebeto (PL). Eles condenam a distribuição de R$ 220 milhões para atrair alunos em pleno período eleitoral. “É um casuísmo eleitoreiro”, atacam os deputados. O assunto também está em debate na Comissão de Educação do Legislativo, formada pelos deputados Jó Pereira (presidente-PSDB), Cibele Moura (MDB), Ronaldo Medeiros (PT), Bruno Toledo (MDB) e Yvan Beltrão (MDB).
A presidente da Comissão de Educação no Legislativo Estadual, deputada Jó Pereira (PSDB), disse que nos dois anos da fase mais aguda da pandemia do coronavírus, a gestão passada do governo teve a oportunidade de avançar com uma política de educação com inclusão digital.
“Infelizmente, não houve investimento em novas tecnologias na Educação. Muitos adolescentes não conseguiram ter acesso às aulas virtuais e outros tiveram acesso via celular emprestado. O retorno das aulas só aconteceu em agosto do ano passado e nada de investimentos significativos em novas tecnologias e acesso para estudantes de baixa renda. Algumas escolas, inclusive na capital, permanecem fechadas”. A deputada garante que não faltou recurso e até agora os projetos na pasta são, segundo ela, com objetivos políticos eleitorais, mediante distribuição de recursos. “Precisamos de uma Política de Educação de Estado”, cobrou.
O deputado governista Ronaldo Medeiros (PT) explicou que a nova gestão da pasta da Educação descentralizou a distribuição dos recursos. “As escolas recebem os repasses e definem os investimentos”. Segundo o deputado, a descentralização ajuda a escola a buscar a melhor solução para promover a inclusão digital, evitar a burocracia e acelerar os investimentos.
“O Estado reconhece a necessidade de as escolas estarem conectadas e os alunos também. Não há como oferecer Educação de qualidade com a escola fora da internet”, observou o deputado ao assegurar que as novas escolas que estão sendo inauguradas na gestão Paulo Dantas (MDB) têm internet, quadras esportivas, água tratada e são equipadas. As antigas estão fazendo investimentos.
Para a doméstica Maria José dos Santos, seus quatro filhos não têm como estudar em casa por falta de computador para todos e não pode pagar acesso à internet. Os filhos estão matriculados no ensino médio e fundamental. No período da pandemia, os meninos receberam as aulas impressas entregues pelas escolas. Os mais velhos acompanharam as aulas pelo único celular do pai, com internet disponibilizada por vizinhos.
A queda no rendimento escolar diante da situação foi observada pelo Ministério Público, pelas próprias escolas, professores, entidades da Educação e pelos pais que acompanharam o desespero dos filhos e os viram perder o interesse pela escola. Na volta às aulas, houve um esforço conjunto para resgatar o interesse do estudante e tentar conter a evasão escolar. Esse esforço continua. AF