
BOLSONARO CONVOCA MANIFESTAÇÕES DE 7 DE SETEMBRO EM CONVENÇÃO DO PL
Presidente foi oficializado como candidato à reeleição e terá como vice na chapa o general Braga Netto
Por Da Redação - com agências | Edição do dia 26/07/2022 - Matéria atualizada em 26/07/2022 às 04h00
O PL oficializou no último domingo (24) a candidatura do presidente Jair Bolsonaro à reeleição no pleito de outubro. Também foi formalizada a participação do general Braga Netto como candidato a vice-presidente na chapa que concorrerá a uma vaga no Planalto neste ano. A votação foi por unanimidade. Entre os convidados presentes, além de várias lideranças e pré-candidatos a diversos cargos, estão o governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Fernando Collor (PTB). Durante a convenção do PL, realizada no último domingo (24), no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, o presidente Jair Bolsonaro (PL), convocou apoiadores para participar das manifestações de Sete de Setembro. Bolsonaro disse que seus eleitores eram “maioria”. “Nós somos a maioria, somos do bem e temos disposição para lutar por liberdade e pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo vá às ruas no sete de setembro pela última vez. Vamos às ruas pela última vez”, disse. O candidato à reeleição chamou os ministros do STF de “surdos de capa preta” e disse que é “o povo quem faz as leis”, por meio dos poderes Legislativo e Executivo.
“Esses poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo e entender que quem faz as leis é o Executivo e o Legislativo. Todos têm que jogar dentro das 4 linhas da Constituição, interessa para todos nós. Não queremos o Brasil dominado por outra potência e temos outras poucas potências de olho no Brasil. O que queremos: paz, tranquilidade, respeito à Constituição”, disse. Bolsonaro também falou sobre “liberdade de expressão” e fez discurso com críticas ao que ele entende como “comunismo”. O candidato do PL pediu para os presentes no ginásio do Maracanãzinho “darem a vida pela liberdade”. “Não ficou fácil a minha vida, mas uma coisa me conforta: não ver sentado na minha cadeira um comunista”, disse
DIFICULDADES
Bolsonaro lembrou dificuldades registradas em três anos e meio de governo. “Tivemos que enfrentar uma pandemia, uma guerra que não acabou ainda, uma seca como há muito não se via. Buscamos medidas para minorar o sofrimento do nosso povo. Alguns falam que eu não tenho olhado pelos mais pobres. Em 2020, quando falaram para todos ficarem em casa, eu disse para combatermos o vírus, mas sem destruir a nossa economia. Os informais foram obrigados a ficar em casa, para morrerem de fome”. “Todo dia, quando me levanto, eu tenho uma rotina. Dobro meus joelhos e rezo um Pai Nosso. Peço que o povo brasileiro nunca experimente as dores do comunismo. Peço força para resistir e coragem para decidir. Por vezes, tento entender como cheguei até aqui. Neste país, quando acreditamos, os nossos sonhos tornam-se realidade”, disse Bolsonaro. Somente Bolsonaro e a primeira-dama Michelle Bolsonaro discursaram. A convenção começou com uma pregação religiosa e com o Hino Nacional. Bolsonaro iniciou sua fala passando a palavra à primeira-dama, que agradeceu o apoio e as orações de todos. “A reeleição não é por um projeto de governo, é um propósito de libertação”, disse.
PERFIL
Jair Messias Bolsonaro é militar reformado, capitão do Exército. É o 38º presidente do Brasil desde 1º de janeiro de 2019. Foi deputado federal pelo Rio de Janeiro entre 1991 e 2018. Nasceu em 1955, no município de Glicério, no interior do estado de São Paulo, mas morou em várias cidades paulistas. Formou-se na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977. Posteriormente, serviu nos grupos de artilharia de campanha e paraquedismo do Exército. É pai de cinco filhos. Walter Souza Braga Netto nasceu em Belo Horizonte em 1957. Militar da reserva, alcançou o posto de general de Exército. Entre fevereiro de 2018 e janeiro de 2019, chefiou a intervenção federal no Rio de Janeiro. Foi comandante Militar do Leste até fevereiro de 2019, quando assumiu a chefia do Estado-Maior do Exército. Em fevereiro de 2020, assumiu o cargo de ministro-chefe da Casa Civil. Em março de 2021, foi nomeado Ministro da Defesa.