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Nº 5759
Política

Mais de dez mil cabos eleitorais devem trabalhar em campanhas

Apesar de a campanha eleitoral só começar no dia 6 de julho, após o registro dos candidatos, diversos pretendentes a uma cadeira de deputado já começaram a montar estrutura e arregimentar pessoas para trabalhar. No caso dos parlamentares da Assembléia Leg

Por | Edição do dia 21/04/2002 - Matéria atualizada em 21/04/2002 às 00h00

Apesar de a campanha eleitoral só começar no dia 6 de julho, após o registro dos candidatos, diversos pretendentes a uma cadeira de deputado já começaram a montar estrutura e arregimentar pessoas para trabalhar. No caso dos parlamentares da Assembléia Legislativa, que já exercem mandato e querem renová-lo, o movimento tem sido no sentido de ampliar as bases, conquistando mais vereadores e cabos eleitorais. Pelas estimativas de alguns deputados, que preferem não falar publicamente sobre o assunto, mais de 10 mil cabos eleitorais devem trabalhar na campanha deste ano, pedindo votos para os candidatos proporcionais (deputado estadual e federal). O salário mensal pago a cada um está em torno de R$ 200,00, mas vai aumentar com a proximidade das eleições. No patamar mais alto está a figura do vereador, cujo apoio está custando, em média, R$ 500,00 por mês. “Durante a campanha cada deputado precisará, pelo menos, de 200 cabos eleitorais”, prevê um deles. No dia da eleição o número pode subir para 1 mil. Se o candidato não conta com o apoio de prefeitos significa que terá mais dificuldades para conquistar os votos dos eleitores, aumentando a necessidade de recursos materiais e humanos na campanha. Experientes A partir deste mês amplia-se o horizonte para muitos desempregados, que têm a chance de ganhar um “trocado” na campanha. Com a regularidade das eleições a cada dois anos, alguns cabos eleitorais já se tornaram experientes e têm vaga garantida no efetivo dos candidatos. Alguns, que são mais próximos e têm maior grau de confiança junto aos parlamentares, são mantidos nos gabinetes da Assembléia Legislativa ou em cargos comissionados do governo. Pela estrutura que o Poder Legislativo oferece para o trabalho dos deputados, quem tem mandato atualmente já sai para disputar a reeleição com alguma vantagem. Além do subsídio (salário bruto) de R$ 6 mil, cada parlamentar dispõe de 14 assessores e mais de R$ 30 mil em verba de gabinete. O regimento interno da Casa, observam alguns, permite que esses recursos sejam manejados de forma a render dividendos eleitorais. Não é qualquer pessoa que pode se tornar um cabo eleitoral. Para ser aproveitada pelo candidato, ela precisa ter desenvoltura, poder de convencimento e até um pequeno reduto de eleitores, que pode ser formado de amigos, vizinhos ou familiares. A boa aparência também é importante, o que leva muitos a investir, nessa época, em roupas e sapatos novos. Mas a vestimenta precisa ser leve para se adequar às constantes caminhadas.

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