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Usado pelos dois lados, Sombra foi “esquecido”

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Depois de aparecer no guia eleitoral dos dois candidatos a prefeito de Maceió, José Antônio dos Santos, o Sombra, foi ignorado ontem no horário político. Na quinta-feira da semana passada, no programa eleitoral de Sextafeira (PSB), ele disse que o deputado João Lyra teria sido o mandante da morte de Sílvio Vianna, crime ocorrido em 1996. No dia seguinte, Sombra voltou ao guia eleitoral, desta vez no programa de Almeida. Disse então que não tinha prova alguma para apontar João Lyra como mandante do crime. Em sua edição de domingo, a GAZETA revelou que Sombra, em depoimento dado ao Ministério Público de Pernambuco, teria dito que recebeu dinheiro das duas campanhas para falar nos programas. Esse depoimento foi enviado ao promotor Luiz Vasconcelos. O promotor Luiz Vasconcelos disse ontem que somente hoje encaminharia cópia do depoimento para o Ministério Público Eleitoral e para a Procuradoria Geral de Justiça. Segundo ele, o encaminhamento não foi feito ontem ?por ser feriado? (O Estado antecipou para ontem o feriado pelo dia do funcionário público, em 28 de outubro). Ele voltou a afirmar que não pode confirmar que, no depoimento, Sombra tenha feito declaração a respeito do recebimento de dinheiro para falar nos programas eleitorais de Sextafeira e Almeida. O procurador da República Delson Lyra informou que, desde que saiu do Programa de Proteção à Testemunha, Sombra estaria sob a responsabilidade das autoridades de segurança do Estado. A informação foi confirmada pelo secretário de Defesa Social, Robervaldo Davino. Segundo ele, ?a pedido do promotor Luiz Vasconcelos, Sombra está sendo protegido pelo Estado?. Davino disse ainda que só Vasconcelos poderia dar informações sobre o paradeiro da testemunha. As duas candidaturas, que usaram Sombra para atacar o adversário, ontem tentaram manter distância do assunto. Questionados sobre pagamento para ter os ?depoimentos espontâneos?, os candidatos disseram que nada sabem sobre o caso. ?Não discuto isso [se foi pago dinheiro]. Não inventamos o Sombra. Ele é uma testemunha com proteção policial?, disse Sextafeira, que fazia campanha na Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Segundo ele, o Sombra deu um testemunho espontâneo para a coligação. O candidato Cícero Almeida também não admitiu ter pago o valor à testemunha. ?A declaração dele foi espontânea e ele não recebeu nada por isso?, disse o candidato, por meio da sua assessoria. No depoimento que prestou na sexta-feira à Polícia Federal em Recife, Sombra teria dito que recebeu R$ 7 mil da campanha de Sexta e R$ 10 mil da coligação de Almeida.

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