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Nº 5759
Política

Descobertas fraudes na Sudam, SUS e Educa��o

Brasília – O Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) concluíram diversas investigações, que serão divulgadas nesta semana, mostrando que fraudadores da extinta Superintendência do Desenvolvimento da  Amazônia (Sudam), do Si

Por | Edição do dia 23/04/2002 - Matéria atualizada em 23/04/2002 às 00h00

Brasília – O Ministério Público Federal (MPF) e o Tribunal de Contas da União (TCU) concluíram diversas investigações, que serão divulgadas nesta semana, mostrando que fraudadores da extinta Superintendência do Desenvolvimento da  Amazônia (Sudam), do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Educação fizeram, literalmente, festa com o dinheiro público. No Pará, recursos destinados a projetos foram usados para comprar cerveja. No Piauí, verbas para internação de doentes carentes bancaram a contratação de banda de forró, uniforme de time de futebol e centenas de litros de chope. Em Jacundá (PA), o dinheiro de estudantes pobres serviu para pagar motel. Ainda é impossível detectar o valor das fraudes. Mas um exame minucioso da Procuradoria da República no Pará e da Receita Federal em notas fiscais frias mostrou que parte do R$ 1,7 bilhão destinado ao financiamento de projetos da Sudam foi usada na compra de cerveja em lata. “Já vi muito tipo de fraude mas igual a esta é a primeira”, afirma o procurador da República no Pará, Felício Pontes. Recursos Os desvios atingem até áreas prioritárias para a população, como educação e saúde. No Piauí, recursos do SUS foram desviados dos hospitais e serviram aos interesses dos dirigentes da Secretaria de Saúde do Estado. “Neste Estado, a questão da saúde sempre foi um caos”, afirma o subprocurador da República, José Roberto Santoro. “Delegacia” - Santoro enviou ao Piauí 90 auditores e montou uma central de investigação dentro da secretaria. Comandada por policiais federais, ela passou a ser chamada de “delegacia do SUS”. No Estado, o poder público bancou a formatura de estudantes, aniversários de servidores, compra de meiões, calções e chuteiras, além de 300 litros de chope e 30 caixas de água mineral. “Apesar disso, os hospitais estavam em condições precárias”, observa Santoro. O TCU também descobriu que a Secretaria de Saúde do Estado contratou garçons e até um conjunto musical usando recursos públicos. “Abrimos processo tanto administrativo quanto penal”, conta Santoro. No Rio Grande do Norte, o dinheiro público foi usado para pagar refeições de funcionários da Secretaria de Saúde que participavam da Festa do Boi, promovida por uma entidade particular.

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