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Nº 5884
Política

SERVIDORES DA EDUCAÇÃO DE MACEIÓ MANTÊM GREVE

Categoria rejeitou proposta da prefeitura de reajuste salarial de 8%, que seria dividido em duas parcelas

Por ANNA CLÁUDIA ALMEIDA | Edição do dia 09/08/2022 - Matéria atualizada em 09/08/2022 às 04h00

Os servidores da Educação decidiram ontem (08), em assembleia da categoria, pela manutenção da greve em Maceió. Sem avanços na negociação com a Prefeitura da capital alagoana, a classe rejeitou a proposta de reajuste apresentada, que inicialmente era de 4% e depois passou a ser de 8% (divididos em uma parcela de 6% agora em agosto e o restante a ser pago no fim do ano). De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), a gestão manteve a última proposta apresentada: reajuste de 8% para todos profissionais da educação, ou seja, tanto para o magistério quanto para todos os servidores, a correção do salário base de todos que recebem abaixo do salário mínimo, aumento do valor da hora aula e a instalação de uma mesa permanente de negociação para encaminhar os demais itens da pauta de reivindicações, proposta que, mais uma vez, foi rechaçada pela categoria em votação durante a assembleia. “Nós crescemos muito. A prova é que essa greve foi construída de forma democrática aqui nas assembleias. Nós mobilizamos pais, estudantes e a sociedade. Fomos até a periferia dialogar com a comunidade, porque a educação é a única coisa que os pais deixam aos seus filhos”, enfatizou a presidenta do Sinteal, Consuelo Correia, destacando a força do movimento grevista em três semanas de luta. O Sindicato informou que não há reunião agendada com gestão municipal, apesar da categoria estar em um momento de busca de diálogo. A adesão à greve, atualmente, está em torno de 80% das escolas.

Consuelo Correia reforçou a necessidade do movimento continuar unificado para buscar os interesses da categoria. “Nós precisamos estar mais organizados, porque os ataques aos nossos direitos só estão começando. Nós chegamos em 8% com muita luta, não foi ninguém que nos ofereceu isso de graça”, concluiu.

Algumas atividades foram definidas pela categoria para os próximos dias. Estão programados atos organizados pelas comunidades das escolas, panfletagens, ações nas mídias e manifestações em grandes avenidas. Nesta terça-feira (9), às 14h, o movimento grevista realizará um ato em frente à Câmara dos Vereadores para reivindicar dos parlamentares municipais a intermediação com a prefeitura. Na quarta-feira (10), às 14h, haverá um ato público em defesa da Educação com escolas da Chã da Jaqueira, Conjunto João Sampaio e Jardim Petrópolis. E na quinta-feira (11), haverá um grande ato nacional em defesa da Democracia e de eleições livres, com concentração às 8h na Praça Centenário.

GREVE LONGA

A greve dos professores teve início no dia 11 de julho e é considerada pela categoria como uma das mais longas da história da Educação de Maceió. A Prefeitura de Maceió, por meio da Secretaria de Educação, deu um ultimato aos docentes para que eles retomem imediatamente às atividades, afirmando que pode suspender os vencimentos dos servidores. Baseado em decisão judicial proferida no dia 19 de julho, que determinou o retorno das atividades pedagógicas, a Secretaria de Educação emitiu ofício solicitando a volta das aulas. O município diz ainda que, para viabilizar o retorno às aulas, irá adotar medidas como a convocação de professores e demais profissionais aprovados em concurso público vigente, e a realização de Processo Seletivo Simplificado. De acordo com Consuelo, com o desconto na folha salarial dos servidores, a reposição das aulas para os alunos da rede municipal fica comprometida.

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