Política
EM SABATINA NO JORNAL NACIONAL, BOLSONARO EXALTA POLÍTICA ECONÔMICA


O presidente Jair Bolsonaro (PL) exaltou a política econômica do Brasil em sabatina ao Jornal Nacional, da TV Globo, ontem. O candidato à reeleição voltou a condenar a política de lockdown para redução dos casos de Covid-19, no auge da pandemia e ressaltou que, dadas as condições do mundo, “os números da economia no Brasil são fantásticos”, ressaltou. Bolsonaro respondia à pergunta de William Bonner sobre promessa do candidato feita ainda nas eleições de 2018, quando foi eleito. Bonner afirmou que Bolsonaro teria prometido inflação, taxas de juros e dólar mais baixos e maior geração de empregos. No entanto, o resultado dos quatro anos de gestão teria sido diferente. “Nós pegamos 2020, 2021 e tivemos saldo positivo de quase 3 milhões de empregos no país. O auxílio emergencial, já no início da pandemia, fez com que municípios não entrassem em colapso”, disse o presidente. Ele ainda justificou sua visita ao presidente Vladimir Putin: “Fui à Rússia negociar fertilizantes com o presidente Putin e isso garantiu segurança alimentar para o Brasil e para o mundo”, afirmou o candidato.
ELEIÇÕES
Na primeira parte da entrevista, Bolsonaro assumiu compromisso público de que serão respeitados os resultados das urnas, mas voltou a condicionar esse “respeito”: “Desde que [as eleições] sejam limpas e transparentes”.
“Teremos eleições”, disse o candidato à reeleição ao ser questionado no início da entrevista. O âncora William Bonner insistiu para que o presidente garantisse que ele vai respeitar o resultado das urnas. “Serão respeitados os resultados das urnas desde que as eleições sejam limpas e transparentes”. O presidente afirmou ainda que a “questão da transparência” será decidida também pelas Forças Armadas.
O tema dos ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral abriu a sabatina. Logo no início, Bolsonaro foi perguntado acerca dos embates com o Judiciário e sobre ter xingado ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como Alexandre de Moraes. O presidente disse então que foi perseguido por Alexandre de Moraes, e que foi preciso ele “provocar algo” para que o país tenha “eleições livres”. A sabatina realizada ontem foi a primeira de uma série de entrevistas do noticioso da TV Globo com os candidatos ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano. Ele é entrevistado pelos âncoras William Bonner e Renata Vasconcelos no estúdio montado exclusivamente para as entrevistas dos presidenciáveis.