
NO GUIA ELEITORAL, CANDIDATOS DESTACAM EXPERIÊNCIA ADMINISTRATIVA
Postulantes ao cargo de governador de AL também apresentaram propostas para desenvolver o Estado
Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 30/08/2022 - Matéria atualizada em 30/08/2022 às 04h00
Os programas eleitorais do início desta semana foram marcados pelo apelo dos candidatos para o eleitor confiarem em seu compromisso com o desenvolvimento, educação e na experiência administrativa que possuem. Rodrigo Cunha (União) lembrou, em seu programa, que trabalhou fortemente para que os alagoanos pudessem negociar suas dívidas, com os mutirões que organizou na capital e interior. Na peça ele se compromete que essa será uma ação permanente, pois assim conseguirá fazer com que o cidadão de baixa renda possa voltar a ter crédito para consumir e até vender serviços. Em outro momento, lembrou que como senador fez investimentos em saúde de alta complexidade como o hospital do Câncer de Arapiraca, que atende cidadãos da cidade e demais municípios do entorno. Além disso, também mostrou visão de futuro com a formação tecnológica de jovens com investimentos no programa Alagoas 4.0 com formação digital. No campo social, outro tema explorado por ele foi a parceria com o prefeito JHC (PSB) no que se refere à busca de investimentos para a cidade, além da criação da CNH social. Com essa iniciativa o programa mostrou pessoas que já se beneficiam com a iniciativa.
EXPERIÊNCIA
Quem fala da experiência e que pode promover ações para a população que ficou abandonada é o candidato Fernando Collor (PTB). Com uma gravação feita em estúdio que intercala imagens de seu primeiro programa, ele enfatiza que realizará, se eleito, uma gestão que valorize as pessoas. “Que goste de gente”, enfatiza. E que para isso, contará com o apoio fundamental do governo federal e, principalmente, com sua experiência, já que ocupou os principais cargos majoritários da vida pública, como prefeito, governador, presidente da República e, agora, senador. O guia também intercala imagens de miséria que deixaram de ser atendidas pelos gestores ao longo dos anos. E que por essa razão há necessidade de um olhar humano para o social, aliado à influência política para buscar a ajuda necessária.
DESENVOLVIMENTO
Ao mesmo tempo em que falou que vai investir no desenvolvimento de Alagoas, Rui Palmeira (PSD) mantém a ligação com a imagem do pai, ex-senador Guilherme Palmeira, que também foi governador do Estado. Conforme lembrou na peça, sua visão política leva em conta as lições deixadas por ele que entre outras coisas sabia dialogar com correntes políticas diferentes da sua. Tanto que lembrou que quando esteve como prefeito de Maceió, teve que dialogar com três presidentes diferentes: Dilma Roussef (PT), Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL) para viabilizar a gestão da cidade. “O diálogo é uma lição que carrego comigo até hoje”, por isso destaca que manterá essa qualidade se for eleito “seja qual for o presidente escolhido”. Num determinado momento, sua fala se mistura com o programa governista, ao reconhecer que ocorreram avanços, mas que o desenvolvimento precisa continuar, porém com um olhar para quem mais precisa. Tanto que voltou a enfatizar a criação do “Auxílio Alagoas” para 150 mil famílias, mas sem apontar de onde virão os recursos.
REPETIÇÃO
Os candidatos Cícero Albuquerque (PSol), Paulo Dantas (MDB) e Luciano Almeida (PRTB) repetiram os programas de estreia, em que basicamente, além da apresentação, assumiram compromissos iniciais. O candidato socialista buscando se diferenciar das demais candidaturas com uma proposta de ruptura com as elites alagoanas. Um outro destaque é para que os interessados em conhecer suas propostas possam acessar suas redes sociais.
Já Dantas manteve o foco nas obras e realizações feitas pelo ex-governador Renan Filho (MDB) sem nenhuma nova proposta. As imagens apresentadas continuam apresentando os principais investimentos feitos no passado e que o que foi iniciado não vai parar. Apenas quando seu padrinho político surge em seu guia é que lembra que fez um “pacto pela fome”.
No guia de Almeida, que tem o menor tempo entre os majoritários, ele continua apenas enfatizando quem é e pedindo o voto sem apresentar nenhuma proposta de governo.