Política
COM PAUTA TRANCADA, ASSEMBLEIA TEM PLENÁRIO ESVAZIADO E SEM VOTAÇÕES THIAGO GOMES REPÓRTER Em plena campanha eleitoral, os deputados estaduais nem se esforçam – e estão acobertados pelo regimento interno – para participar das duas sessões ordinárias previstas para a semana. Com pauta trancada, devido a três vetos governamentais, os trabalhos na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) capengam, com plenário esvaziado e sem votações por falta de quórum suficiente para deliberações. Até houve sess

Em plena campanha eleitoral, os deputados estaduais nem se esforçam – e estão acobertados pelo regimento interno – para participar das duas sessões ordinárias previstas para a semana. Com pauta trancada, devido a três vetos governamentais, os trabalhos na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) capengam, com plenário esvaziado e sem votações por falta de quórum suficiente para deliberações.
Até houve sessão na terça-feira, mas, sem número suficiente, o presidente da Mesa Diretora, deputado Marcelo Victor (MDB), não teve como colher os votos em projetos que tramitam na Casa. Apenas as discussões em primeiro e em segundo turno foram possíveis. Até os discursos mais acalorados, costumeiramente reservado à bancada de oposição, estão escassos neste período.
Nessa quarta-feira, apenas um deputado (Cabo Bebeto – PL) compareceu ao plenário. Para cumprir a regra, abriu e fechou a sessão em 30 segundos. Na pauta, estava prevista a votação única dos vetos de origem do Poder Executivo a três projetos de lei já aprovados no Parlamento. Sem quórum, a análise foi empurrada para a sessão da próxima terça-feira (6), se houver.
Os parlamentares precisam analisar um veto parcial e dois totais para conseguir destrancar a pauta da Assembleia. O primeiro diz respeito ao projeto de lei 816/2022, que trata sobre o Sistema de Proteção Social dos Militares do Estado de Alagoas. O governo rejeitou a emenda do artigo 30, justificando que a adição padece de contrariedade ao interesse público.
“Não possui harmonia com as diretrizes do projeto de lei, consoantes tratativas realizadas entre a Secretaria de Estado da Fazenda, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas”, alegou o Executivo.