app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Política Maceió, 19 de outubro de 2022
julgamento da morte de José Fernando Cabral de Lima no Fórum da Capital, no bairro Barro Duro, em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz

RÉU ACUSA ADVOGADO DE PROCURÁ-LO PARA INDICAR ‘MATADOR’

Júri de acusados da morte de José Fernando Cabral de Lima prosseguiu ontem; família da vítima atribui crime a “ganância”

Por Regina Carvalho e Mariane Rodrigues | Edição do dia 20/10/2022 - Matéria atualizada em 20/10/2022 às 04h00

/Maceió, 19 de outubro de 2022
julgamento da morte de José Fernando Cabral de Lima no Fórum da Capital, no bairro Barro Duro, em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz
/Maceió, 19 de outubro de 2022
julgamento da morte de José Fernando Cabral de Lima no Fórum da Capital, no bairro Barro Duro, em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz
/Maceió, 19 de outubro de 2022
julgamento da morte de José Fernando Cabral de Lima no Fórum da Capital, no bairro Barro Duro, em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz
/Maceió, 19 de outubro de 2022
julgamento da morte de José Fernando Cabral de Lima no Fórum da Capital, no bairro Barro Duro, em Maceió. Alagoas - Brasil.
Foto:@Ailton Cruz

No segundo dia do julgamento dos acusados da morte do advogado José Fernando Cabral de Lima, o réu Irlan Almeida de Jesus negou que tenha tido participação direta no crime, mas afirmou que foi procurado pelo sócio da vítima, Sinval José Alves - apontado como mandante do assassinato - para que ele sugerisse um “matador” para um serviço.

Em depoimento ao Tribunal do Júri, Irlan disse que foi contratado por Sinval, inicialmente, para fazer serviços de segurança privada para a empresa de créditos do advogado. No entanto, ao chegar ao local, o advogado Sinval teria sugerido outro tipo de serviço: queria uma pessoa para matar uma alguém que estaria “dando trabalho” para ele.

Ainda na versão de Irlan, ele afirmou ao advogado que não fazia esse tipo de serviço, mas se lembrou de um conhecido, chamado “Lucas”, que era envolvido com “coisa errada”. Ainda de acordo com Irlan, Sinval entregou a ele a ele R$ 2 mil em um envelope que deveria ser levado até a pessoa de Lucas. Irlan Almeida diz que o dinheiro seria para pagamento do aluguel do veículo a ser utilizado no crime, que seria uma motocicleta, mas não sabia do que se tratava no momento em que o valor foi repassado.

CRIME

Sentam no banco dos réus o advogado Sinval José Alves, sócio da vítima, Irlan Almeida de Jesus e Denisvaldo Bezerra da Silva Filho. Para o primeiro, o Ministério Público Estadual aponta responsabilidade de autoria intelectual. Já para os dois últimos, a denúncia aponta como executores do crime. José Fernando Cabral de Lima foi morto com dois tiros na cabeça em 2018, no bairro Ponta Verde, em Maceió. A acusação é de que a morte foi encomendada por causa de uma dívida que Sinval tinha com o sócio. A família da vítima reafirmou acreditar que o assassinato foi encomendado por Sinval. Segundo Lenílson Campos, cunhado de José Fernando e um dos parentes que acompanham o julgamento, o advogado e Sinval eram amigos e o crime foi motivado pela ganância. “Eles eram amigos e sócios. Também foi uma surpresa. Só que, pelos indícios, pelo o que foi apurado pela polícia, pelos inquéritos e pelas provas, nos leva a crer que ele tem total responsabilidade junto aos outros executores. Acreditamos que tudo pode ter sido motivado por ganância, por dinheiro”. Ontem foi encerrada a fase de depoimento das testemunhas e dos réus, mas, até o fechamento desta edição, ainda não havia saído o verdito sobre o caso.

Mais matérias
desta edição