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COM R$ 7 MI DO FUNDÃO, CUNHA SE APROXIMA DO LIMITE DE GASTOS DA CAMPANHA AO GOVERNO

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A campanha milionária de Rodrigo Cunha ao governo de Alagoas está se aproximando do limite de gastos estipulado pela Justiça Eleitoral para o pleito deste ano (até R$ 10,6 milhões). Até esta quarta-feira (19), o candidato do União Brasil recebeu R$ 9,8 milhões para torrar nestas eleições, sendo o maior volume (pouco mais de R$ 7 milhões) do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), que ele mesmo dizia ser contra. Do ‘fundão’, foram seis transferências do diretório nacional do partido para Cunha ao longo desta campanha. Em agosto, dois repasses aconteceram, ambos no valor de R$ 1.423.104,49. No mês seguinte, foram três: um no dia 1º, no valor de R$ 1,5 milhão; mais um de R$ 1,7 milhão no dia 5; e outro no dia 29, de R$ 500 mil. Este mês, o candidato foi beneficiado com mais R$ 500 mil no dia 4, totalizando R$ 7.046.208,98, correspondendo a 71,87% do total que ele pode receber deste fundo. Além desta bagatela, o senador teve à disposição mais R$ 2,72 milhões do fundo partidário, transferido eletronicamente pela direção estadual do União Brasil. Foram quatro repasses desde 26 de setembro até agora para serem usados como receita na disputa pelo voto.

Para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele informou que contratou R$ 6,7 milhões em despesas, das quais R$ 5,9 milhões já foram pagas usando unicamente o dinheiro do ‘fundão’. Os gastos maiores da campanha dele estão relacionados a prestação de serviços por terceiros (R$ 2,5 milhões), materiais impressos de campanha (R$ 899 mil) e produção de programas de rádio, televisão ou vídeo (R$ 666 mil).

Cunha foi bastante questionado pelos adversários no primeiro turno sobre o fundão. A contradição é que o senador, em dezembro do ano passado, votou contra o aumento do fundo eleitoral para R$ 5,7 bilhões. Na condição de candidato a governador, está fazendo uso dos repasses na sua campanha. Ao se mostrar contrário ao fundo, ele fez posts nas redes sociais reafirmando esta posição. Mas, na prática, vai de encontro ao próprio discurso.

“Ninguém aguenta mais tanta incoerência com os recursos públicos. Aprovar mais de R$ 5,7 bilhões de reais para bancar as eleições de 2022 é um desrespeito com o povo brasileiro, é uma medida descabida e é uma ação que vai na contramão das necessidades reais do país. A prioridade do Brasil é colocar comida na mesa de milhares que enfrentam dificuldades na pandemia. Por isso, votei a favor da manutenção do veto, ou seja, contra o aumento do fundo eleitoral e contra esta proposta absurda de quase triplicar este valor. Sou contra isso desde o início e hoje reafirmo esse meu posicionamento”, disse Cunha à época.

À imprensa e durante os debates, Cunha tem repetido que “quem determina os valores repassados são os partidos” e que foi contra o aumento do valor do fundo e não o mecanismo de financiamento.

Por outro lado, o governador afastado e candidato à reeleição, Paulo Dantas (MDB), informou à Justiça Eleitoral que recebeu R$ 5 milhões do fundo especial em um único repasse da direção nacional do partido no dia 24 de agosto deste ano. Outros R$ 131 mil ele informou que obteve junto a doadores.

Os maiores gastos de Dantas nesta campanha são com publicidade. Do total de R$ 5 milhões, já são R$ 2,3 milhões pagos à produtora F7 Comunicação Eireli.

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