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Nº 5759
Política

ELEITOS NO 1º TURNO REFORÇAM APOIO A CANDIDATOS AO GOVERNO

Com a maior bancada na Assembleia, atual governador aglutina muitos apoios de peso

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 29/10/2022 - Matéria atualizada em 29/10/2022 às 04h00

A eleição para o governo do Estado tem mobilizado as principais lideranças eleitas para os parlamentos estadual e federal. O apoio político é a forma mais direta de tentar transferir votos que ajudem na elevação dos percentuais de votos. Nem todos contam com os principais nomes eleitos, mas a maioria investe forte em suas bases, redes sociais e na presença nos eventos dos candidatos. Isso foi o que se viu, por exemplo, na caminhada do candidato Paulo Dantas (MDB) há uma semana. Junto a milhares de pessoas, além de lideranças comunitárias, sindicalistas e integrantes de associações. Com a maior bancada eleita para a Assembleia Legislativa, ele aglutina muitos nomes de peso, como o ex-secretário estadual da Saúde Alexandre Ayres, Breno Albuquerque, Bruno Toledo, Carla Dantas (sua prima), José Wanderley Neto, Dudu Ronalsa, Fátima Canuto, Flávia Cavalcante, Gilvan Filho, Inácio Loiola, Marcelo Victor, Remi Calheiros e Ricardo Nezinho. Além deles, há os aliados da coligação como Marcos Barbosa (Avante), Ronaldo Medeiros (PT) e Sílvio Camelo (PV). Juntaram-se ao grupo também os deputados Antônio Albuquerque (Republicanos) e deputado Davi Maia (União), que ficou como suplente de sua coligação, mas rompeu com seu grupo político por discordar do modo têm atacado Dantas. Juntos, eles formam atualmente o maior apoio à reeleição de Dantas. Além das atividades externas, têm mobilizado suas bases, seja pelas redes seja nas comunidades onde atuam. Há também os deputados federais Paulão (PT), Isnaldo Bulhões (MDB), Luciano Amaral (PV) e Rafael Brito (MDB) que traz consigo a influência conquistada na Secretaria Estadual da Educação. No momento, essas lideranças compõem um quantitativo de forças políticas que, aparentemente, superam numérica e representativamente os aliados já declarados do candidato adversário. O fato de Paulo contar com a máquina administrativa que, por sua vez, já foi articulada por seu antecessor, o ex-governador Renan Filho (MDB), ajuda a explicar a presença desse entorno de sua candidatura. Ele próprio é um dos “padrinhos” de sua campanha e também soma em popularidade e número de eleitores.

EXPRESSÃO

Do lado do candidato Rodrigo Cunha (União) são vários os nomes de expressão. Entre eles o deputado federal eleito Alfredo Gaspar (União), que tem feito campanha na capital e no interior. Ex-secretário estadual de Segurança e ex-pupilo da gestão do governo do Estado, Gaspar tem concedido entrevistas e está engajado em caminhadas. Ao lado do prefeito JHC (PL), que recentemente foi para o partido do presidente Jair Bolsonaro, Cunha tem tido importante espaço na capital e região metropolitana. Nessa “batalha” pela conquista de votos, ele conta também com o delegado Fábio Costa (PP), eleito deputado federal. Marx Beltrão (PP) e o presidente da Câmara Federal, Arthur Lira (PP), completam o time. Este último, com a força de recursos do orçamento secreto, que também ajuda a abrir o diálogo com os municípios. Entre os estaduais eleitos, o reforço do deputado estadual reeleito Cabo Bebeto (PL). Nas últimas semanas, ele tem tido uma agenda que inclui a ida a suas bases na capital e nas cidades onde conquistou boa votação. O trabalho de conquistar eleitores, conforme explicou na semana passada, envolvia ir além dos chamados eleitores “fechados” com a proposta do presidente Jair Bolsonaro. A ideia era ir além da chamada “bolha”. Gabi Gonçalves (PP) e Francisco Tenório (PP) também integram a frente que trabalha por Cunha. Outro grande apoio de Cunha vem de sua cidade, Arapiraca, onde o prefeito Luciano Barbosa e seu filho, Daniel Barbosa (PP), se esforçam para reverter a derrota sofrida por ele em sua terra natal.

IMPORTÂNCIA

A estratégia dois candidatos de estarem ao lado de seus candidatos proporcionais eleitos e reeleitos é considerada importante pela cientista política da Ufal Luciana Santana. Na prática, mobilizar permanentemente as bases eleitoral é parte importante do processo. ‘Isso acaba sendo bastante importante para manter as bases de apoio que já foram apresentadas no primeiro turno e de alguma maneira continuar mobilizando o eleitorado”, disse Luciana.

Ela, porém, ressalta que isso pode ser considerado se a apresentação no primeiro turno foi eficiente, porque o tempo de campanha na segunda etapa é muito curto. “Não se pode começar do zero. Tem que ter caráter de continuidade, apenas para reforço do que já foi apresentado”.

“Isso acontece de forma mais intensa no interior do Estado. Então tem um peso sim para manter o apoio e de alguma maneira contribuir para as campanhas dos dois candidatos ao governo, que têm bases localizadas de forma dispersa por todo o Estado”, observou a cientista.

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