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Ibovespa fecha cai 3,35% e dólar vai a R$ 5,40 com risco fiscal

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O Ibovespa fechou esta quinta-feira (10) em forte queda com o mercado reagindo mal após fala do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre teto de gastos, e ainda em relação à indefinição do novo governo a respeito da equipe econômica. O principal índice da bolsa brasileira registrou baixa de 3,35%, aos 109.775,46 pontos. Essa foi a maior queda diária desde setembro de 2021. Ao longo dia, o índice chegou a atingir mínima de 4,04%, logo após pronunciamento do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), quando esperava-se uma mensagem em tom para acalmar o mercado em relação ao risco fiscal. Uma bateria de resultados corporativos também repercutiu no penúltimo pregão da semana, que ainda mostrou um IPCA acima do esperado em outubro, corroborando o forte movimento vendedor. Já o dólar encerrou na maior valorização percentual diária desde março de 2020. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 5,396, alta de 4,09%, após ter registrado uma sequência de baixas na semana da definição eleitoral no país. Reação A queda acentuada ocorreu desde a abertura do mercado, às 10h, mas foi intensificada após discursos de Lula pela manhã. O presidente eleito questionou a concentração do debate econômico em torno de temas como a estabilidade fiscal e afirmou que há gastos do governo que precisam ser observados como investimento. “Por que as pessoas são levadas a sofrerem por conta de garantir a tal da estabilidade fiscal nesse país? Por que que toda hora as pessoas falam que é preciso cortar gastos? É preciso fazer superavits? É preciso fazer tetos de gasto? Por que as mesmas pessoas que discutem com seriedade o teto de gasto não discutem a questão social do país?”, questionou Lula. “Por que o povo pobre não está na planilha da discussão da macroeconomia? Por que a gente tem meta de inflação e não tem meta de crescimento?”, continuou o petista. Lula disse ainda que os que estão compondo a equipe de transição, não necessariamente serão ministros no próximo governo. Ainda não há nenhuma definição sobre sua equipe econômica, como o Ministro da Fazenda e da Economia.

meirelles

O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles considerou “esperada e óbvia” a reação do mercado financeiro nesta quinta-feira (10) às falas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas quais questionou a necessidade da atual âncora fiscal – o teto de gastos – e em que afirmou que despesas sociais, como o Programa Bolsa Família, poderiam ficar fora dessa regra de forma permanente.

“Há um aumento das incertezas, e por isso ocorre essa reação esperada e até óbvia do mercado”, afirmou Meirelles à CNN Brasil. Defensor da candidatura de Lula ainda no primeiro turno, o ex-ministro e ex-presidente do Banco Central argumentou na campanha eleitoral que o presidente eleito, em seus dois mandatos à frente do país (2003-2010), apresentou resultados positivos tanto do ponto de vista do crescimento econômico quanto das contas públicas, com aumento médio do PIB de 4% ao ano e superávit fiscal em todos os oito anos de governo.

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