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Nº 5824
Política

Forças de segurança hoje atuam de forma integrada no estado

Segundo secretário, “Mesa de Situação” é responsável pelo planejamento das ações após diagnóstico

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 19/11/2022 - Matéria atualizada em 19/11/2022 às 04h00

O enfrentamento ao tráfico é um dos focos do trabalho em segurança, mas Saraiva alerta que não se pode achar, de forma genérica, que todos os homicídios ou a maioria advêm apenas da chamada “guerra do tráfico”. É, a seu ver, algo cômodo para o gestor.

“Temos que saber como se deu, para qual facção foi o fato gerador disso aí. Hoje temos o Núcleo de Estatística e Análise Criminal, que a cada homicídio é verificado o que causou. Há um relato disso. A criação da Delegacia de Homicídio foi uma iniciativa transformadora. Ali há profissionais especializados e dedicados a investigar os homicídios e cada investigação é um aprendizado. E aí vamos analisando as ‘manchas criminais’, o perfil do criminoso. Outra coisa importante é ter a informação do sistema penitenciário e a integração disso tudo”, observou o secretário. Diante de toda a complexidade que os casos possuem, seja por sua natureza, seja o método utilizado, associado ao poder de organização, o que tem feito a diferença no enfrentamento é articulação. A ação coordenada e integrada das forças. PC, PM, Polícia Científica, Corpo de Bombeiros e outras instituições federais, além do Sistema Prisional. Hoje a análise para o planejamento das ações ocorre na chamada “mesa de situação”, onde, a partir do diagnóstico de um determinado problema, de uma determinada modalidade criminosa se age a partir das condicionantes, mas, essencialmente, com a colaboração de cada ente especializado.

“Nos reunimos duas ou três vezes por semana e discutimos o que fizemos, a análise do que foi feito e como planejaremos o mês ou como fecharemos o ano. Todas as estratégias são definidas nessa mesa, com sugestões e cobranças”, descreveu o secretário.

Estrutura

Os números têm revelado que o Estado tomou decisões adequadas quando compreendeu que para enfrentar a violência havia a necessidade de garantir investimentos. E parte dele ser dedicado na infraestrutura, leia-se o incremento da tecnologia, que, juntamente com a oxigenação do capital humano, cooperou para a baixa dos índices. Segundo Flávio Saraiva, se não há um acompanhamento das inovações tecnológicas, não se tem resultado. Ele lembra que isso tem sim influência direta no resultado, já que “seria impossível ter resultados diferentes fazendo a mesma coisa”. Atualmente, as ações do Núcleo de Estatística dão “um norte” sobre onde ocorrerá o policiamento. Os dados, além de confiáveis, são referência para o Brasil. “Então, a tecnologia com um sistema gerenciador das viaturas: o Kimera. Esse aplicativo garante o acompanhamento geográfico de todas elas a partir dos rádios digitais. Por meio dele é possível identificar viaturas paradas, dentro ou fora das manchas criminais”, elogiou Saraiva, porque o sistema foi criado pela equipe de técnicos da secretaria.

Sobre o patrulhamento aéreo, ele revelou que os estudos apontam que, quando é bem feito, substitui até 15 viaturas por causa de seu alcance.

“A presença do helicóptero faz o criminoso se sentir monitorado. E hoje em Alagoas estamos bem servidos de aeronaves e mais dois aviões que estaremos entregando até o final do ano. Tecnologia, no que se refere a armas, a segurança pública em no máximo dois anos todos estarão usando a melhor pistola do mundo, que é a Glock. Temos munição, viaturas, uniforme com investimento permanente e a cobrança diária, além do acompanhamento diário do que o País tem feito. Temos também outro equipamento que é o alerta celular para os aparelhos subtraídos criminalmente por meio de uma lista preventiva e uma outra quando há um incidente. Vai para as operadoras e, se alguém lançar mão dele, isso será investigado”, completou o secretário.

Para segurança “daqui para a frente”, Saraiva diz ver Alagoas como o Estado ainda mais seguro do que já é. Ele disse acreditar que, junto com as ações sociais, em breve ocorrerão outras ações disruptivas em novas áreas do Estado, como a orla lagunar, que deverá ter ações de acessibilidade.

“Queremos combater e prevenir ainda mais os chamados crimes contra o patrimônio. Temos um Estado vocacionado para o turismo e temos que oferecer ao visitante a segurança devida para se divertir com suas famílias para gastar e voltar”, enfatizou.

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