
ALAGOANOS SE PREPARAM PARA ASSISTIR À POSSE DE LULA EM BRASÍLIA
Diretório do PT no Estado está se mobilizando para levar grande número de militantes
Por thiago gomes | Edição do dia 03/12/2022 - Matéria atualizada em 03/12/2022 às 04h00
Seja por conta própria seja em caravanas, eleitores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Alagoas estão nos preparativos para acompanhar a cerimônia de posse presencialmente, em Brasília, no dia 1º de janeiro de 2023. O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores também se organiza para levar um grande número de militantes alagoanos para a capital federal para sentir de pertinho a emoção de ver Lula recebendo a faixa presidencial pela terceira vez. Há uma movimentação de maneira geral, liderada pelos movimentos sociais, sindicatos e integrantes da legenda partidária visando à contratação dos transportes para a viagem. A quantidade de caravanas ainda está sendo fechada, conforme o presidente do PT em Alagoas, Ricardo Barbosa. “Estamos trabalhando desde já para que o nosso Estado esteja muito bem representado na posse do presidente Lula, não somente por filiados do PT, mas de companheiros de movimentos sociais e da sociedade como um todo”, ressaltou.
O aposentado José Heriberto Coelho Barros está numa ansiedade só para ter um reencontro com Lula presidente. Ele está se programando para acompanhar, em Brasília, a quinta posse de um chefe da nação – esteve nas quatro últimas de governos petistas.
“Na primeira posse do Lula fomos de ônibus. Nas demais, fomos de carro com um casal do coração. Viagem muito tranquila. Dessa vez, vamos de carro novamente. É um mar de gente em pleno Planalto. Lula é contagiante, apesar da distância que nos separa. Veremos muita ternura, amor e humanidade. Alegria contagiante e o retorno da esperança para os sem vez e voz do Brasil”, afirmou. Com amigos e de carro, a bancária Miriam Albuquerque foi para a posse do primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT). Dessa vez, estava tão ansiosa e confiante na vitória de Lula nas urnas que reservou o hotel na capital federal muito antes das eleições. “Estava na expectativa do resultado das eleições. Assim, que foi proclamado, tratei de comprar as passagens, garantindo presença na cerimônia. Vou de avião com uma amiga”, revelou. Ela conta que a sensação de acompanhar a posse é indescritível. “Só quem está lá e milita sabem. É como chegar para uma pessoa que não é pai e explicar como é o amor de como é ter um bebê. Por mais que eu explique, a pessoa vai achar bonito, mas não sente o que eu sinto. Mesmo assim é a posse. Quem não vai, jamais vai conseguir compreender a emoção que é estar lá, com uma multidão que vem de longe, de ônibus, no maior sacrifício, mas cheia de esperança de um novo momento, novo governo, esperando que o Brasil volte a ser o que era antes e acabe de vez com esse ódio”. Os preparativos para a cerimônia estão a todo vapor. Os donos dos hotéis e restaurantes do Distrito Federal estão muito animados com o evento político. A expectativa é de que a ocupação hoteleira alcance 90% no começo do ano. Nos espaços com disponibilidade de quartos, o valor médio da diária é de R$ 1.800 para duas pessoas. Na região central, poucos saem dessa faixa de preço. Em locais mais afastados da Praça dos Três Poderes, onde ocorrerá a posse, o custo da hospedagem dupla tem variado entre R$ 500 e R$ 800.
Brasília conta com 400 hotéis, que oferecem aproximadamente 20 mil leitos, de acordo com o Sindhobar. Se comparada a outras posses, o setor estima que a procura por hospedagem neste ano deve ser semelhante ao que foi registrado na primeira vez que de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu o poder, em 2003.
Antes de tomar posse, o presidente eleito precisa receber a diplomação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa é a cerimônia em que a Justiça Eleitoral atesta que o candidato foi efetivamente eleito e está apto a tomar posse. O documento, assinado pelo presidente do tribunal, será entregue a Lula no dia 12 de dezembro. O comando dos trabalhos está com a futura primeira-dama Rosângela Silva, a Janja. O rito de posse é composto por várias cerimônias, sendo a primeira delas o desfile em carro aberto pela Esplanada dos Ministérios. Ele vai de carro até o Congresso Nacional, onde será recebido pelos presidentes da Câmara e do Senado. Lá, Lula participará do ato que oficializa a posse presidencial fazendo um juramento constitucional. O próximo passo da posse é a transmissão da faixa presidencial, passada do ex-presidente para o novo ocupante do cargo, na rampa do Palácio do Planalto. Na primeira vitória do petista, em 2002, Lula venceu o candidato José Serra (PSDB). Naquela ocasião, Fernando Henrique Cardoso entregou a faixa ao seu sucessor Lula em uma cerimônia com cerca de 150 mil pessoas. Depois dessa formalidade, o presidente faz um discurso ao público e depois recepciona autoridades internacionais. Lula será o último presidente a tomar posse no dia 1º de janeiro. Uma emenda constitucional aprovada em setembro de 2021 alterou a data de posse. A partir das eleições de 2026, as cerimônias de posses do presidente da República e dos governadores dos estados e do Distrito Federal acontecerão em 5 de janeiro 6 de janeiro, respectivamente.