Política
Pronunciamento de Collor sobre ações no País marca semana no Congresso
Senador garantiu que, mesmo em outra arena, continuará trabalhando pelo Brasil


O pronunciamento do senador Collor (PTB) prestando contas das ações no Senado, em defesa da democracia e contra a polarização política, marcou a semana no Congresso. Em sua fala, após dois mandatos consecutivos, com atuação marcante em quatro legislaturas e interlocução com quatro presidentes da República no período, Collor garantiu que, mesmo em outra arena, continuará trabalhando pelo Brasil.
“Sempre com os olhos voltados para a realidade do Brasil e do mundo, mas sem perder o otimismo, continuarei, em outra arena, trabalhando pelo nosso país. Estarei sempre à disposição para ajudar governos e autoridades no que for preciso”, expressou Collor, que teve o trabalho reconhecido por colegas senadores durante a sessão na Casa.
O senador afirmou que, diante da polarizada divisão da população e perante um mundo desgovernado, os homens públicos têm a missão de assumir o compromisso para tentar reencontrar o caminho sereno do diálogo, restabelecer o consenso e reintegrar, no Brasil e no mundo, o conjunto de ideias que verdadeiramente alimentam o debate político.
“A solução das crises do país e a moderação dos conflitos não passam pela excitação do poder das togas, nem pelo sonho da marcha dos coturnos. A solução está, e sempre estará, na interlocução política no seu mais elevado patamar, incluídos aí, quando necessário, o uso tempestivo de instrumentos constitucionais como os freios e contrapesos entre os poderes e o controle e fiscalização sistemáticos da impessoalidade e moralidade na condução de cada um dos órgãos e instituições públicas”, afirmou o parlamentar.
Collor defendeu que o Parlamento assuma o protagonismo para atuar pelo restabelecimento da normalidade institucional do Brasil, cabendo à Casa propor e apoiar a condução de uma política externa capaz de se recolocar como um potencial interlocutor e proponente de soluções para crises, como a ambiental e a de credibilidade na democracia. “No campo político, a hora é de ação e reação contra os insistentes ‘inimigos da sociedade aberta’, a que se referia Karl Popper. Regulamentações, aparelhamento e inchaço do Estado, controle abusivo e demasia de normas de procedimentos e condutas, nada disso nos leva ao progresso social de uma nação. No econômico, não é mais tempo de insistir novamente no que Friedrich von Hayek chamou de ‘O caminho da servidão’, acarretado pelo excesso de planejamento, interferência e regulação do mercado”, avaliou o senador. Ele aconselhou o novo governo e os integrantes do Congresso Nacional a assumirem, com sabedoria, diálogo e parcimônia, seus potenciais papéis no sentido de arejar o que chama de ‘nebuloso ambiente em que se encontra a sociedade brasileira’. E disse torcer para que ‘a população brasileira e suas instituições encontrem, dentro da democracia, os meios adequados para a moderação dos conflitos e o melhor caminho para alcançar de vez a prosperidade e a ordem’. O senador ainda se colocou à disposição para ajudar governos e autoridades no que for preciso e garantiu que manterá o otimismo por dias melhores. “Comigo, os instrumentos que possibilitam a temperança, o equilíbrio, o diálogo, a alteridade, a empatia e a disposição ao trabalho estão, e sempre estarão preparados. Pelo Brasil”, concluiu o parlamentar.