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Nº 5885
Política

PT DEVE DOMINAR OCUPAÇÃO DE CARGOS FEDERAIS EM ALAGOAS

Presidente do Diretório Estadual diz que partido buscará posições de destaque, mas governo terá de atender as siglas aliadas

Por Marcos Rodrigues | Edição do dia 07/01/2023 - Matéria atualizada em 07/01/2023 às 04h00

Se foi difícil para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ajustar cargos para aliados da coligação da campanha do 2° turno, da votação da PEC da Transição, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, no primeiro escalão, imagine no 2°. É aí que estão as presidências, diretorias de órgãos públicos federais em todo o País, assim com autarquias. Isso porque quem saiu na foto, fez postagem em rede social, fez o "L" e "deu a cara para bater", na eleição mais disputada e dividida do País, quer seu pedaço do "bolo". Só que há um detalhe: o Partido dos Trabalhadores, que "apanhou mais" e teve seu principal líder preso, quer mais. E sabe articular para isso. Em Alagoas, o deputado estadual reeleito Ronaldo Medeiros (PT) já revelou que não está satisfeito de como estão sendo conduzidas as discussões no Estado. Ou seja, acabou revelando outro detalhe: a disputa dentro da própria legenda. Sabidamente, por aqui, é o deputado federal Paulo Fernando dos Santos (PT), o Paulão, quem dá as cartas. Fala mais alto e não só por causa do tamanho, mas por comandar a legenda no município e no Estado. Em seu entorno estão as principais lideranças: a CUT, o movimento dos sem-terra, alguns prefeitos e outros tantos vereadores. Ou seja, entre os "companheiros" é quem dá a palavra final. Por isso não causará espanto quando os primeiros nomes começarem a surgir e, mais do que currículo, prevaleça o tempo de militância e ligação com a corrente liderada pelo deputado petista. Na semana passada, o presidente do Diretório Estadual, Ricardo Barbosa, foi enfático ao dizer que o PT é o partido do presidente e, naturalmente, a legenda buscará cargos de destaque para ajudá-lo em seu terceiro mandato. Em nenhum momento a palavra "coalização" que define o contexto da vitória de Lula ganhou relevância em sua fala. "As articulações para os cargos federais se iniciaram mais intensamente com a definição dos ministérios. Temos um quadro mais claro e, no âmbito dos estados, estamos abrindo esse debate, dentro do PT, da Federação. E na semana passada, havia sido contatado a pedido da companheira Gleise Hoffman em indicações sem entrar no aspecto da nominatas. Isso vai ter que atender ao critério se são pessoas da casa ou técnicos, em que a questão da especialidade vai ser privilegiada, além de predominar ou não a questão da indicação política", adiantou Barbosa. Ele disse que o "jogo" começou agora, mas que obviamente o PT tem interesse em ocupar cargos federais e de relevância. "Cargos importantes e não preciso nem nominar. Até para não desmerecer outros cargos. Mas nós temos sim interesse em ocupar. E as nomeações vão obedecer ao critério da razoabilidade. "Óbvio que as indicações serão primeiramente políticas, agora, se elas vão ser política atendendo ao critério técnico é uma coisa, ou se políticas e não ser necessário atender ao critério técnico por uma questão específica do cargo a ser ocupado. Mas o critério político é o que vai determinar. Queremos que o Partido dos Trabalhadores seja contemplado, assim como os demais partidos que estão na base do governo Lula e que nós estejamos contemplados em órgãos federais de relevância para o nosso Estado e mais para o governo Lula. Queremos contribuir com ele, pois somos do PT e o Lula é do PT. Queremos contribuir com ele aqui em Alagoas", afirmou. O partido, no Estado, também é aliado do governador Paulo Dantas. Dentro do governo tem espaço com duas secretarias. Da mesma forma o PV, que tem o líder do governo na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Silvio Camelo. Na semana passada, a Gazeta tentou ouvi-lo sobre qual a estratégia da legenda para o debate funcional em Alagoas. Ele foi curto e objetivo. “Somente a Executiva Nacional é quem pode responder isso. Infelizmente não tenho essas informações", afirmou.

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