app-icon

Baixe o nosso app Gazeta de Alagoas de graça!

Baixar
Nº 5759
Política O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena a primeira reunião ministerial de seu governo, no Palácio do Planalto

LULA: ‘QUEM FIZER ALGO ERRADO SERÁ CONVIDADO A DEIXAR O GOVERNO’

Na primeira reunião com sua equipe, presidente pediu que ministros tenham boa relação com parlamentares

Por Folhapres | Edição do dia 07/01/2023 - Matéria atualizada em 07/01/2023 às 04h00

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nessa sexta-feira (6) que ministros que tiverem alguma ação ilícita serão demitidos do governo. “Quem fizer errado sabe que tem só um jeito: a pessoa será simplesmente, da forma mais educada possível, convidada a deixar o governo. E se cometer algo grave a pessoa terá que se colocar diante das investigações e da própria Justiça”, afirmou. Lula deu a declaração na abertura da primeira reunião ministerial, que ocorreu na manhã dessa sexta-feira no Palácio do Planalto. Foi a primeira reunião ministerial de Lula. De acordo com integrantes do primeiro escalão, o objetivo do encontro foi alinhar as ações do governo e deixar claro que anúncios devem ter aval do Planalto. A ideia é que o presidente faça um alinhamento da gestão e comunicação, além de discutir as primeiras medidas a serem encampadas no início do governo. Ao mesmo tempo que deu recado aos ministros sobre eventuais investigações, Lula também prometeu uma relação de lealdade. “Estejam certos que eu estarei apoiando cada um de vocês nos momentos bons e nos momentos ruins. Não deixarei nenhum de vocês no meio da estrada. Não deixarei nenhum de vocês”. Lula elogiou a classe política e disse que pretende montar o governo com escolhas técnicas, mas que não se pode deixar de observar a questão política. “Muitos de vocês são resultados de acordos políticos, porque não adianta a gente ter o governo tecnicamente mais formado em Harvard possível e não ter um voto na Câmara dos Deputados e não ter um voto no Senado. É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda, nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso”, disse. Ele também pediu a seus ministros que deem o máximo de atenção possível a parlamentares e que todos devem ser bem tratados nos ministérios. “É preciso que a gente saiba que é o Congresso que nos ajuda, nós não mandamos no Congresso, nós dependemos do Congresso. E, por isso, cada ministro tem que ter a paciência e a grandeza de atender bem cada deputado, cada senador que o buscar.” “Não tem importância que você divirja de um deputado ou senador. Quando a gente vai conversar, a gente não está propondo um casamento, estamos propondo aprovar uma tese ou fazer uma aliança momentânea em torno de algum assunto que interessa ao povo brasileiro”, disse Lula. O petista disse ainda que fará quantas conversas forem necessárias com lideranças, partidos políticos e os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira. “Não tem veto ideológico para conversar e não tem assunto proibido em se tratando de coisas boas para o povo brasileiro”, afirmou o presidente. Lula também enalteceu as diferenças presentes no governo. Isso ocorre, por exemplo, na área econômica, em que os ministros da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e do Planejamento, Simone Tebet, têm uma visão mais liberal, enquanto os chefes das pastas da Fazenda e da Gestão, Fernando Haddad e Esther Dweck, respectivamente, são mais favoráveis à intervenção do Estado. Da mesma forma, fez um aceno ao agronegócio ao exaltar o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que tem uma visão oposta à da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Mais matérias
desta edição