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terça-feira, 24/06/2025 | Ano | Nº 5995
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MINISTRO RENAN FILHO QUER RECUPERAR FERROVIAS EM ALAGOAS

Ministério dos Transportes prevê R$ 1 bilhão para investir em rodovias federais que cortam o Estado

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A recuperação da malha ferroviária de Alagoas destruída pelas cheias do rio Mundaú, pelo abandono nos últimos 30 anos e a busca de uma solução para a construção da ponte sobre o Rio Francisco interligando a Penedo (AL) Neópolis (SE), além de recuperar 66% das rodovias federais, são algumas das metas do ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), anunciadas numa entrevista exclusiva à Gazeta de Alagoas e a rádio Gazeta (98.3). Para a construção da ponte de Penedo, o ministro está conversando com os governadores de Alagoas e Sergipe porque o empreendimento interliga rodovias federais e dependerá do entendimento dos governadores e prefeitos para ser concretizado. Ele confirmou também a política nacional, que vai investir R$ 100 bilhões na recuperação de 66% das rodovias nacionais que estão na condição de ruins e péssimas. Deste montante, R$ 1 bilhão será para investir em rodovias federais que cortam Alagoas, como detalhou recentemente em seu plano de gestão no Ministério dos Transportes para os próximos 100 dias. As ferrovias nacionais estão privatizadas. Porém, o ministro quer atrair “investimentos internacionais” para ampliar as ligações regionais. A ideia dele é promover uma situação que possibilite a carga sair do Porto de Maranhão e chegar ao Porto de Santos (SP) pelo modal ferroviário. Para isto, a Transnordestina precisa avançar. As ferrovias novas do Brasil estão concentradas em estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. As malhas do Norte, Nordeste e a região central do País que correspondem à nova fronteira agrícola, onde vivem cerca de 40% da população –cerca de 50 milhões de brasileiros–, carecem de ferrovias modernas e mais investimento. Não é exagero lembrar que nos anos 80 era possível uma viagem de trem de passageiros, semanal, da linha Recife-Maceió e vice-versa. A ferrovia era também por onde escorria a maior parte da produção de açúcar e melaço das usinas de Alagoas até o cais do Porto de Maceió e de lá seguia para o mercado internacional. A falta de manutenção, de investimentos, abandono da malha e as chuvas destruíram as vias que ligavam Alagoas a Pernambuco e Sergipe.

CONECTIVIDADE

As poucas ferrovias disponíveis hoje no Norte e Nordeste não tem conectividade da malha ferroviária disponível nos estados vizinhos e nem com as regiões. Esta é uma das constatações do novo ministro dos Transportes, Renan Filho. No modal ferroviário nas duas regiões, a situação é tão grave que hoje os vagões de contêineres ou de cargas pesadas não conseguem trafegar do arco norte –nos estados do Pará e Maranhão– e seguir em direção ao Sudeste do País, até o Porto de Santos, em São Paulo. Atualmente o País conta com a ferrovia moderna Norte-Sul que foi concedida à iniciativa privada. A gestão de Renan quer avançar com a melhoria na malha nacional, desenvolver estratégia técnica e fazer a conexão norte-sul com a ferrovia do sudeste. “Pela primeira vez em 500 anos de história, o Brasil vai permitir que um vagão saia do Porto de Itaqui, no Maranhão, e siga até o porto de Santos, em São Paulo”, anunciou o ministro. Além disso, vai tentar avançar com a ferrovia oeste- leste para escoar a produção do oeste da Bahia [grãos e minérios]. O Ministério do Transporte está fazendo, com o investimento cruzado da Vale, outra ferrovia que liga a norte-sul ao Brasil central, especialmente a ligação com o estado do Mato Grosso, para atender os grandes produtores de soja.

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