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Nº 5759
Política

JHC COMEÇA A MONTAR SEU BLOCO POLÍTICO PARA ELEIÇÃO DE 2024

Reforma administrativa no município vai abrir espaço para manutenção das alianças políticas

Por Da Redação | Edição do dia 11/02/2023 - Matéria atualizada em 11/02/2023 às 04h00

O carnaval nem começou e o prefeito JH C (PL) começa a arrumar o seu bloco para colocá-lo na rua. Passada a ressaca eleitoral, em que não conseguiu eleger nenhum membro do seu grupo político, é hora de buscar novas articulações. Junto com sua reforma administrativa, vai abrir espaço para a manutenção de uma aliança política com vistas para sua reeleição. Com sua popularidade em alta, um bom relacionamento construído com a Câmara de Vereadores, comandada pelo vice, na linha sucessória, o presidente Galba Netto (MDB), ele vive um intenso momento de articulações. Mas só fama não elege ninguém. É preciso ter grupo. Sabendo disso, JHC começou um movimento partidário que vai acomodar o ex-deputado e ex-candidato ao senado federal Davi Davino na Secretaria Municipal de Saúde. A notícia ganhou repercussão na última sexta-feira (10). Seu ex-adversário marchou ao seu lado na campanha ao governo, quando apoiaram juntos a candidatura do senador Rodrigo Cunha (União Brasil). A derrota, no Estado, não representou perdas na capital, pois aqui tanto Davino como candidato ao Senado Federal, quanto o próprio Rodrigo, saíram vencedores. Até mesmo seu irmão, Dr. JHC, também venceu na capital. Seja pelo perfil do eleitorado, majoritariamente de direita, seja pelo peso real das candidaturas que puxaram votos para Bolsonaro, o fato é que há uma força a ser articulada. Num primeiro momento, o ajuntamento de interesses foi feito pelo deputado federal Arthur Lira (PP). Mas, passado o pleito, ele teve que cuidar de sua reeleição para a presidência da Câmara Federal, juntamente com a construção de uma aliança com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

CENÁRIO

Se para Arthur o cenário é de reaproximação do petista, para garantir sobrevivência política, para JHC o momento é de continuar cativando o voto conservador da capital. E nada mais lógico do que juntar aqueles que ideologicamente demonstram ser de direita. Entram nesse “bolo” a ex-deputada Jó Pereira, que perdeu a vaga no parlamento após aceitar ser vice de Cunha. Tem bases no interior e ainda pode trazer parte da família para a estrutura municipal. Os “Pereiras” trabalham unidos e sabem ser fiéis. A dúvida no momento é quanto ao deputado federal Alfredo Gaspar (União Brasil). Isso porque, mesmo estando ao lado de Cunha, não deixou claro se apoia seu padrinho político, o prefeito JHC. Desde que chegou a Brasília, ele tem feito pronunciamentos para manter mobilizada sua base de apoio. O estranhamento, porém, é que Alfredo busca visibilidade num momento que deveria ser de acomodação para cavar espaço na Capital Federal. Como tem feito transmissões pelas redes sociais, há quem ache que, mesmo estando dentro do grupo, talvez esteja buscando se destacar para ser candidato a prefeitura mais uma vez. Se for, não tem nada a perder, pois se for derrotado mais uma vez, terá o restante do mandato para tirar. Como não apareceu ao lado do prefeito até o momento, nem fez nenhum pronunciamento sobre sua situação na capital, só tem dado margens a especulação. Quem também não falou nada em nome do município foi o vereador Fábio Costa (PP). Desde a campanha, demonstra ser mais próximo de Lira do que o próprio JHC. O prefeito percebeu isso e, para “amarrar” seu apoio, empregou integrantes com cargos no primeiro escalão.

ARRANJO

Todos os nomes que se aglutinam ou podem se juntar a JHC têm força. O problema é que ele também é forte. E aí o arranjo feito até aqui tem como base quem esteve no seu campo de ação política, mas não há garantia de que todos aceitem sua liderança. Mesmo precisando e ocupando os cargos que oferece. É que o cenário nacional pode pregar uma peça em JHC. Tudo porque, durante a campanha, em Brasília, para a eleição de Arthur Lira, ele foi visto numa reunião com o senador Renan Filho (MDB). O encontro não foi por acaso, mas sim porque o MDB o apoiava para a reeleição numa composição feita por Lula. E nada impede que o PP e parte do Centrão que estão mais próximos do governo gederal, possam nos estados se aproximarem. No caso de Alagoas, Lira de Paulo Dantas e dos Calheiros. Como em política nada é impossível, a questão é saber ser a costura feita por Jota terá um “Plano B”, para o caso de implodir e espalhar aliados por todos os lados.

De certo mesmo só o apoio que tem na Câmara de Vereadores. Lá, dos 25 vereadores, apenas dois e às vezes três se abstêm ou votam contra o governo. Certo mesmo é que Dr. Valmir Gomes do PT não embarque de vez na gestão municipal, assim como João Gabriel (PSD) e Teca Nelma (PSD).

Essa é a fotografia de hoje. Porque ,na do ano que vem, se o MDB mantiver-se forte, com todos os atuais membros, sem rachas, também podem deixar a bancada de apoio e seguirem a determinação do Palácio República dos Palmares. Apesar de que se comenta nos bastidores que o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (MDB), da mesma forma que escolheu, articulou e elegeu Paulo Dantas, já teria dito que vai articular uma chapa forte para conquistar a prefeitura.

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