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Nº 5759
Política

SECRETÁRIA GARANTE CONCURSOS E INVESTIMENTOS SOCIAIS

Responsável pelo controle dos gastos do governo estadual, Renata Santos assegura que dívida de Alagoas está controlada

Por arnaldo ferreira | Edição do dia 18/02/2023 - Matéria atualizada em 18/02/2023 às 04h00

Na gestão Paulo Dantas (MDB), qualquer ação administrativa, financeira e projetos passa primeiro pela avaliação da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio, hoje liderada pela economista e ex-chefe do Tesouro Estadual, Renata Santos, conhecida por dizer sempre “não’ aos gastos públicos acima do previsto pelo ajuste fiscal e financeiro. Numa entrevista exclusiva à Gazeta, ela garantiu pagamentos em dia dos servidores, do 13º e dos credores. Mostrou disposição para negociar com as categorias do funcionalismo e contribuir para manter o equilíbrio das contas públicas. Entre as metas delas estão: planejar o desenvolvimento com transversalidade de programas sociais, a transformação digital e apoiar o projeto do governador Paulo Dantas (MDB) de investimentos na transformação social e em obras estruturantes. À frente das negociações com os servidores públicos, Renata revelou que costuma mostrar as contas da arrecadação do Estado para as categorias, disposição para dialogar e garante que só serão implantados gastos que sejam possíveis de manter o equilíbrio financeiro do Estado, para que todos ganhem. Essa é a recomendação do governador “, frisou. Ao longo dos últimos oito anos, Renata ficou conhecida, carinhosamente, como a “Xerifa” dos cofres do tesouro estadual. Trabalhou ao lado do secretário de Estado da Fazenda, George Santoro, que liderou um grande processo de reestruturação e de ajuste fiscal na máquina fazendária. Santoro também promoveu a reestruturação da dívida pública reduzindo-a de R$ 10 bilhões para R$ 7 bilhões, deu um novo ordenamento na política tributária e, dessa maneira, promoveu um rígido controle das despesas do Estado. Renata Santos, ao destacar o trabalho do ex-chefe, lembrou que, em 2014, o Estado não tinha restrição orçamentária. “Como Alagoas era dependente dos recursos federais, não conseguiu sequer se planejar, porque era assando e comendo”. A prioridade da gestão mudava constantemente. “Nesses oito anos, consegui entender como o Estado funcionava financeiramente. As medidas implantadas apresentaram bons resultados na gestão financeira, reduziram a dívida pública e isso foi o alicerce para que o Estado pudesse pensar no planejamento em curto e médio prazo”, disse Renata, ao destacar que hoje a missão dela é pensar e planejar para o futuro de Alagoas.

TRANSIÇÃO

A secretária do Planejamento também comandou o processo de transição do governo, que, na verdade, foi um ajuste, porque Paulo Dantas assumiu o Executivo em abril passado depois da eleição indireta na Assembleia Legislativa e foi reeleito. Ao comentar o comando da transição, Renata negou ter sido dela a ideia de ter uma gestão feminina com 14 secretárias de Estado e 13 secretários. “Apoio muito essa estratégia. Sou uma feminista de carteirinha. Na verdade, a concepção da equipe predominantemente feminina foi do próprio governador Paulo Dantas”. Na primeira gestão, o governador convidou Renata para compor a equipe. Ela não o conhecia. “Estou feliz porque faço parte de um momento histórico no País. Nunca, na nossa história, há registro de uma gestão estadual com maioria feminina. Pernambuco tem uma maioria na alta gestão, contando com a governadora Raquel Lyra e vice, Priscila Krause. Mas Alagoas é pioneiro”. Em 2015, ficou conhecida por ser uma das primeiras mulheres a comandar o Tesouro Estadual e ficou conhecida como a secretária do “não”. Isso porque, naquela época, as contas públicas estavam apertadas. “O secretário George Santoro, na gestão do governador Renan Filho, ficava à frente da política tributária e eu com a parte fiscal/ financeira e muitas vezes tinha que dizer não para pleitos financeiros de todos”.

Com orçamento de R$ 18,5 bilhões para manter a máquina estadual funcionando em 2023, a secretaria Renata Santos garante que as contas permanecem planejadas, equilibrados, os pagamentos em dia, mas admitiu que a dívida pública de R$ 7 bilhões continua alta e representa cerca de 40% da Receita Líquida.

“As dívidas antigas, da década de 90, precisam se manter organizadas e controladas”. Assegurou que a base da gestão está estruturada.

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