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Nº 5824
Política

Almeida determina o corte de 20% no custeio da prefeitura

ODILON RIOS Vinte dias após assumir o governo usando como palavra de ordem “economizar”, o prefeito de Maceió Cícero Almeida (sem partido) tomou ontem a primeira medida concreta para reduzir os custos com a administração municipal. Almeida determinou o c

Por | Edição do dia 21/01/2005 - Matéria atualizada em 21/01/2005 às 00h00

ODILON RIOS Vinte dias após assumir o governo usando como palavra de ordem “economizar”, o prefeito de Maceió Cícero Almeida (sem partido) tomou ontem a primeira medida concreta para reduzir os custos com a administração municipal. Almeida determinou o corte de 20% nas despesas com custeio, em relação ao ano passado, por um período de 60 dias. A medida foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) e prevê uma economia de R$ 800 mil durante o período estabelecido. As medidas mais drásticas, que prevêem a redução pela metade no número de secretarias da prefeitura e de 60% dos cargos comissionados, ainda não saíram do papel. (ver matéria abaixo) Almeida diz que quer enxugar gastos com ligações telefônicas, papel higiênico, aluguel de imóveis e outros itens ou serviços. A medida de contingenciamento adotada pelo prefeito pode ser renovada por mais 60 dias. Caso se concretize, resultará numa economia R$ 1,6 milhão em quatro meses. Esse valor é equivalente ao orçamento do primeiro quadrimestre da Superintendência Municipal de Obras e Urbanização (Somurb), que é de R$ 1.541.048. A GAZETA tentou contato com o secretário de Finanças, Fernando Dacal, que somente repetiu o que havia sido publicado no DO. O prefeito não atendeu às ligações. Segundo o decreto publicado no Diário Oficial, a exceção à regra de cortes vai para os casos considerados de caráter “emergencial” e que “serão tratados diretamente na Secretaria Municipal de Finanças”. Sacrifício Aparentemente, a medida adotada por Almeida parece não ter agradado a todos os secretários, que prometeram seguir a regra “pelo bem da administração”, conforme disse o secretário Municipal de Saúde, João Macário. “Qualquer corte na área pode dar prejuízo nas ações, mas como o sacrifício será pelo bem da administração municipal, vamos seguir”. Macário não soube em quanto será o corte na Saúde porque sua equipe ainda está fazendo uma avaliação de todas as despesas da pasta. “Como lidamos com recursos federais,  fica difícil avaliar se, com a redução em 20% dos gastos, alguns  serviços poderiam parar”, afirmou, explicando que não há  prazo para acabar o levantamento na secretaria. “Os cortes  serão também para que recebamos de volta os recursos”, disse. A Secretaria de Esportes, porém, já tem o valor dos cortes: cerca de R$ 1.920, por mês, de um total de custeio de R$ 9.600. “O dinheiro fará falta, mas é necessário para que a prefeitura possa desenvolver outras ações”, argumentou o secretário Warner Barbosa. “Reconheço que esta medida é necessária, mas não dá para negar que é difícil”. Outro secretário a declarar que “o dinheiro fará falta” foi o de Turismo, Carlos Gatto. Segundo ele, as despesas com custeio na Secretaria giram em torno de R$ 890. “Serão 30 mil racionalizados em um ano”, informou, evitando usar a expressão “corte de gastos”. “Esses 20% não são gordura. Na prática, podemos suprir isso com parcerias por intermédio de órgãos ou instituições privadas”. Nem todos os secretários reclamaram da medida adotada. O de Habitação, Nilton Nascimento, foi taxativo: “Esse corte é pouco para a nossa secretaria. Nós tínhamos despesas altas com telefone e combustível. Em uma radiografia prévia na secretaria, os cortes em combustível poderiam chegar a 50%, sem fazer falta”, garantiu. “Não existe uma definição a respeito das despesas com custeio na secretaria porque ainda não terminamos o levantamento. Mas no passado, a pasta gastou entre R$ 35 mil e 40 mil”, lembrou. A secretária de Ação Social, Ivone Torres, chegou a comemorar o corte de 20% autorizado pelo prefeito. “Haverá redução, mas vai existir remanejamento de outras secretarias para a Ação Social”, garantiu. “O prefeito me disse que a Ação Social seria prioridade zero em seu governo”, enfatizou. Para ela, os cortes de 20% não serão sentidos em sua pasta. “Não sabemos o orçamento da secretaria porque lidamos também com verbas federais para alguns programas sociais. Mas, em até 30 dias, teremos esse relatório”, afirmou.

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