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Nº 5822
Política

Lessa diz que fica no PSB, mas distante de Arraes

ODILON RIOS REGINA CARVALHO Apesar de ter reconhecido, no começo desta semana, que está “fortalecendo” os partidos da base aliada e que pode migrar para um deles, o governador Ronaldo Lessa (PSB) recuou na afirmação e disse ontem que “não pensa” em sair

Por | Edição do dia 22/01/2005 - Matéria atualizada em 22/01/2005 às 00h00

ODILON RIOS REGINA CARVALHO Apesar de ter reconhecido, no começo desta semana, que está “fortalecendo” os partidos da base aliada e que pode migrar para um deles, o governador Ronaldo Lessa (PSB) recuou na afirmação e disse ontem que “não pensa” em sair do PSB. “Minha relação com o PSB está ótima. Aliás, não poderia estar melhor. O doutor Miguel Arraes [presidente nacional do partido] tem a vida dele e eu tenho a minha”, disse o governador, durante a solenidade de posse do secretário regional Metropolitano, Alberto Sextafeira. Arraes e Lessa se desentenderam nos últimos anos, e o atrito chegou ao auge quando o governador alagoano lançou uma chapa concorrendo à presidência nacional do PSB. Arraes venceu a eleição e até hoje as feridas não foram cicatrizadas no partido. Várias vezes Lessa falou em sair do PSB, só que, segundo ele, a convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, permanece na sigla para “tentar unificar as esquerdas no Nordeste”. Esse suposto clima amistoso na legenda foi confirmado pelo deputado federal Givaldo Carimbão (PSB), que acompanhou a posse de Sextafeira. “Tudo está às mil maravilhas”, resumiu, admitindo ter sido convidado pelo presidente dos diretórios municipal e estadual do PDT, Geraldo Sampaio, a entrar no partido, e negado a filiação. Carimbão adiantou que estão sendo feitas mudanças na Secretaria de Agricultura, para a entrada do deputado estadual Dudu Albuquerque (PSB). “O Severino [Leão, secretário] não sai da pasta. Estão sendo feito ajustes”, adiantou o deputado federal. Dudu foi indicado pelo próprio Carimbão para o cargo. Mesmo Lessa negando que pense em sair do PSB, a hipótese cogitada no Palácio Floriano Peixoto é que o governador se filie ao PDT, partido para o qual encaminhou seu primo, Maurício Quintella Lessa, hoje secretário executivo de Educação. Ontem, o governador afirmou que o PDT poderá entrar no governo, no primeiro escalão, mas fez mistério sobre os prazos. “Provavelmente, além do Maurício [Quintella], o PDT ganhe mais uma pasta”, afirmou. Entre os aliados, o PDT é o único partido que não tem representação no governo estadual. Ocupou ano passado a Secretaria de Trabalho e Renda, mas deixou o governo porque lançou o nome do deputado estadual Cícero Almeida (sem partido) à Prefeitura de Maceió. Almeida ganhou as eleições, saiu do PDT e o partido começa a se reaproximar do governo Lessa. Ao avaliar sua filiação no PDT, Quintella falou de projetos, expansão do partido no interior, projeção nacional e deixou escapar: “Estou indo motivado para que o PDT cresça e, a princípio, estou indo sem o governador”, sorriu. A ida de Quintella para o PDT surpreendeu o líder do PSB na Câmara Federal, deputado Renato Casagrande. “Eu não sabia que o deputado Quintella deixaria a legenda”, disse. Quintella, por sua vez, reiterou que vai se filiar ao PDT porque o partido oferece maiores possibilidades de crescimento político e adiantou que oficializará sua saída do PSB na próxima terça-feira ao ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, neto de Arraes.

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