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Nº 5822
Política

Refor�o do PSB no PDT pode virar “presente de grego”

ODILON RIOS O PDT alagoano vive uma nova fase, mais próspera politicamente. Ameaçado de virar um partido com pouca representatividade em Alagoas, com a saída do prefeito de Maceió, Cícero Almeida, o Palácio Floriano Peixoto girou a varinha de condão e ap

Por | Edição do dia 23/01/2005 - Matéria atualizada em 23/01/2005 às 00h00

ODILON RIOS O PDT alagoano vive uma nova fase, mais próspera politicamente. Ameaçado de virar um partido com pouca representatividade em Alagoas, com a saída do prefeito de Maceió, Cícero Almeida, o Palácio Floriano Peixoto girou a varinha de condão e apontou na direção do presidente estadual e municipal da legenda, Geraldo Sampaio. Membros do PSB começaram a se articular para pousar no PDT. A estratégia é coordenada pelo governador Ronaldo Lessa e é bem parecida com a utilizada durante a “Guerra de Tróia”, quando, há mais de cinco mil anos, os gregos tomaram Tróia numa operação ousada. “Não é uma operação como a do cavalo de Tróia, mas, na minha opinião, o governador só entraria no PDT se fosse para ser presidente nacional do partido”, diz o deputado federal Jurandir Bóia (PSB). Ruptura Na última semana, o governador ameaçou sair do PSB, em um momento em que tenta fortalecer politicamente membros da base aliada, para depois decidir se fica ou não no partido. Lessa não assume, mas a chance maior é que se filie ao PDT. “O governador não está satisfeito com o PSB, porque o partido estaria deixando-o estagnado politicamente em uma estratégia nacional de ascensão no partido. O doutor [Miguel] Arraes [presidente nacional do PSB] estagnou ele”, confessou o deputado Jurandir Bóia, em uma conversa, durante esta semana, nos estúdios da Rádio GAZETA. “Com a reaproximação de Ronaldo e do doutor Geraldo acho que ele [o governador] está avaliando um outro partido e se perguntando se isso é bom”, disse. Outros partidos disputam a presença do governador Ronaldo Lessa, como o PT, PCdoB e PV. “Não teria sentido se o governador sair do PSB e entrar em outro partido sem destaque nacional, como ele ser presidente do partido”, avaliou Bóia. “Acho que se o governador saísse do PSB, levaria muita gente. O partido ficaria pequeno. Mas podemos, por estratégia, deixar outros membros”, explicou Bóia. Critérios A entrada do PSB no PDT tem critérios. O primeiro deles é a confiança do governador, que entregou nas mãos dos pedetistas o secretário Executivo de Educação, Maurício Quintella. “O Maurício é meu primo e está sendo preparado para o governo do Estado”, avaliou Lessa, em rádios locais. Cogita-se no Palácio que alguns prefeitos e vereadores, apoiados por Quintella, também ingressem no PDT, todos alinhados politicamente com o governador. “Uma das minhas missões é trabalhar no PDT para que ele venha a nos dar apoio neste momento. Acredito que temos muitas perspectivas de crescer, não só do ponto de vista nacional, já que o PSB alagoano tem problemas de enfrentamento com a direção nacional e hoje encontro o espaço necessário para avançar do ponto de vista nacional”, justificou o secretário de Educação.

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