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Nº 5822
Política

Novo acusado no assassinato de filho de prefeito

DORGIVAL JUNIOR O delegado regional de Santana do Ipanema, Ailton Prazeres, responsável pelo inquérito policial que investiga o assassinato do funcionário público municipal Wilson Oliveira Silva, 24 anos, filho do atual prefeito do município de Senador R

Por | Edição do dia 25/01/2005 - Matéria atualizada em 25/01/2005 às 00h00

DORGIVAL JUNIOR O delegado regional de Santana do Ipanema, Ailton Prazeres, responsável pelo inquérito policial que investiga o assassinato do funcionário público municipal Wilson Oliveira Silva, 24 anos, filho do atual prefeito do município de Senador Rui Palmeira, Siloé de Oliveira Moura, declarou que mais uma pessoa pode estar envolvida no crime. O homicídio foi praticado em 22 de dezembro do ano passado, num bar no centro de Senador Rui Palmeira. Ailton Prazeres confidenciou que o suspeito é um político do município, que disputou o último pleito eleitoral. De acordo com Ailton Prazeres, as informações repassadas pelas testemunhas apontaram que mais uma pessoa teria planejado o crime junto com o ex-prefeito de Senador Rui Palmeira, Mário César Vieira, preso desde o último dia 7 em uma das celas do Tático Integrado de Grupos de Resgate (Tigre). Wilson Oliveira foi o coordenador da campanha do pai na disputa eleitoral pela Prefeitura de Senador Rui Palmeira. Acusado de ter sido o autor intelectual do assassinato de Wilson Oliveira, Mário César só teve a prisão preventiva decretada pelo desembargador Washington Luiz, presidente do Tribunal de Justiça, na sexta-feira passada. O autor material do crime, o comerciante José Romildo Pereira, preso em um assentamento no município de Inhapi, um dia após o crime, está no presídio Cirydião Durval, à disposição da Justiça. “Desde que concluí o inquérito sobre a morte de Wilson Oliveira, venho colhendo novos depoimentos de testemunhas que revelaram fatos importantes sobre o caso. As informações complementares estão sendo enviadas à Justiça para serem anexadas ao processo. Para indiciar o possível acusado, preciso de mais detalhes”, disse o delegado, acrescentando que revelará o nome do suposto acusado, caso seja confirmado o seu envolvimento, no decorrer da próxima semana. Ailton Prazeres informou ainda que o clima é tenso na cidade de Senador Rui Palmeira, com a polícia controlando os ânimos na cidade. “O próximo passo será colher o depoimento dos dois familiares do ex-prefeito Mário César Vieira, que foram acusados por testemunhas de estarem, semana passada, na porta da Prefeitura armados e fazendo ameaças. Mesmo não tendo sido encontradas armas em poder deles, quando foram abordados numa blitz policial, ambos serão ouvidos, além das pessoas que fizeram a acusação”, acrescentou o delegado. A GAZETA tentou manter contato com o prefeito Siloé Moura, por telefone, mas não obteve êxito. O advogado de defesa de Mário César Vieira, Marcelo Teixeira, informou que vai recorrer da decisão da Justiça que decretou a preventiva do ex-prefeito. De acordo com ele, um possível  habeas corpus está entre os recursos judicias que poderão ser  adotados na defesa do acusado. “Vamos recorrer da decisão, analisando a ação procedente que decretou a prisão preventiva. Nós cremos na absoluta inocência do ex-prefeito. Não sabemos informar quando ele poderá ser transferido para algum presídio”, disse Marcelo Teixeira, lembrando que dez advogados participam da defesa de Mário César Vieira. O ex-prefeito divide a cela no Tigre com um policial civil acusado de homicídio, desde o último dia 7. De acordo com o chefe de operações do Tático, Dorgival Romão, nenhum documento foi enviado determinando a transferência do preso para algum presídio da capital alagoana. Apesar de ter direito a receber visita – três vezes por semana – familiares do ex-prefeito eventualmente comparecem ao Tigre. “Há dias em que não aparece ninguém”, disse o policial civil. O crime O funcionário público municipal Wilson Oliveira da Silva foi morto com dois tiros deflagrados à queima-roupa, em um bar no centro de Senador Rui Palmeira. José Romildo Pereira, depois de ter sido preso na zona rural de Inhapi, confessou o crime e apontou o ex-prefeito como o mandante do homicídio. Mário César Vieira negou envolvimento com a morte de Wilson Oliveira da Silva.

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