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Nº 5822
Política

Lula fala em reforma agr�ria e volta �s origens

Brasília - Na semana em que vai participar do Fórum  Social Mundial de 2005, em  Porto Alegre, o presidente Luiz  Inácio Lula da Silva disse que  vai voltar as suas “raízes”, assim que deixar a Presidência da  República, não só por retornar  a São Bernard

Por | Edição do dia 25/01/2005 - Matéria atualizada em 25/01/2005 às 00h00

Brasília - Na semana em que vai participar do Fórum  Social Mundial de 2005, em  Porto Alegre, o presidente Luiz  Inácio Lula da Silva disse que  vai voltar as suas “raízes”, assim que deixar a Presidência da  República, não só por retornar  a São Bernardo do Campo (SP), onde toda sua vida profissional e política começou, como também intensificando sua convivência com os movimentos sociais. A afirmação foi feita ontem pelo próprio Lula, no programa de rádio quinzenal “Café com o Presidente”. A mesma declaração foi feita na última sexta-feira (21), durante viagem ao município baiano de Eunápolis, onde visitou um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Tenho nítido na minha cabeça que eu, quando terminar o meu mandato, vou voltar para São Bernardo. Vou ficar a 600 metros do Sindicato dos Metalúrgicos, onde tudo começou na minha vida. Vou ter convivência com os sem-terra, vou ter convivência com os movimentos sociais que são a base da minha formação política, que são a minha origem”, disse. No programa, Lula afirmou, ainda, que “embora esteja presidente” mantém a mesma visão sobre “o mundo real” que tinha antes de assumir o cargo. “Quando eu chego a um acampamento dos sem-terra, que vejo centenas de pessoas pobres, que estão há dois anos debaixo de um barraco de lona preta, e essas pessoas continuam com o mesmo discurso de esperança que tinham dez anos atrás, sou obrigado a reconhecer que o presidente da República precisa receber todo mundo e governar para todos”, disse. Quando se fala em reforma agrária, destacou o presidente, é preciso lembrar que milhares de proprietários de terra precisam de assistência técnica, financiamentos para custeio da produção e garantias de preços. “É isso que nós estamos fazendo com uma intensidade muito grande”, completou Lula. No “Café com o Presidente”, Lula disse que nem sempre as coisas acontecem no ritmo desejado. “Eu acho que as pessoas têm a compreensão de que o processo político é lento, as mudanças não são com a rapidez que a gente deseja”, afirmou. Neste sentido, acrescentou que o fundamental é ter a convicção de que as coisas estão acontecendo. Lula não pretendia ir ao fórum, mas foi convencido por auxiliares de que seria um erro. Depois de dois anos como presidente, mostrar que não mudou de lado é uma das preocupações de Lula. O fórum começa amanhã e vai até a próxima segunda-feira, dia 31 de janeiro. Lula discursará na quinta-feira (27).

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