Política
OPERAÇÃO PIPA RETOMA DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA EM DOIS MUNICÍPIOS
Traipu e Santana do Ipanema foram os primeiros contemplados com o programa emergencial


Após cinco meses suspensa, a Operação Carro-Pipa foi retomada em Alagoas no começo de abril. Desta vez, os municípios de Traipu e Santana do Ipanema foram os primeiros a serem contemplados com o Programa Emergencial de Distribuição de Água Potável no Semiárido Brasileiro, idealizado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e executado pelo Comando do Exército Brasileiro. Lá, foram mobilizados 17 caminhões-pipa para atender uma população de 12.650 habitantes, sendo 7.012 em Traipu e 5.638 em Santana do Ipanema. No site da Operação Pipa, foi atualizada a informação do Estado, pontuando que a ação está de volta para suprir a necessidade de milhares de famílias que sofrem com o longo período da estiagem. No caso de Traipu, a coordenação municipal de Defesa Civil informou que os méritos para que a Operação Pipa fosse retomada foram todos da prefeitura, que se empenhou para que fosse reconhecida a situação de emergência devido à seca. Por lá, o cenário era desolador nas áreas rurais. A prefeitura iniciou um processo administrativo interno para decretar quadro de emergência, que só foi oficializado em janeiro deste ano. O reconhecimento não se deu pelo Estado, apenas pela Secretaria Nacional de Defesa Civil. Desde então, a gestão tentava romper os entraves burocráticos para que a água potável pudesse chegar às comunidades mais carentes. A Associação dos Municípios Alagoanas (AMA) anunciou o retorno da ação em 15 cidades do Estado. Santana e Traipu começaram a receber água pelo programa no dia 3 de abril. Nos demais municípios que estão aptos, o Exército vai começar a fazer a vistoria para fazer a licitação dos pipeiros e a distribuição de água deve iniciar até maio. Os outros municípios habilitados são Água Branca, Belo Monte, Canapi, Carneiros, Dois Riachos, Jaramataia, Major Izidoro, Monteirópolis, Ouro Branco, Palestina, Pão de Açúcar, Piranhas e Poço das Trincheiras. “O retorno dessa Operação significa um alívio para a população da área rural, que não tem acesso potável. Os prefeitos e prefeitas ficam aliviados. Queremos agradecer os esforços de todos que trabalharam para isso”, afirmou o presidente da AMA, Hugo Wanderley.
Segundo Margarete Bulhões, assessora técnica da Defesa Civil da AMA, outros municípios devem participar da operação, mas ainda estão em processo de validação dos documentos. “Como a Operação Pipa foi encerrada e iniciada novamente, as prefeituras precisam iniciar todo processo do zero e reenviar diversos documentos”, afirmou Margarete.
A Operação Pipa foi encerrada em novembro de 2022 por falta de recursos. Desde então, a AMA tem mobilizado prefeitos, bancada federal e até o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para o retorno imediato. Apesar das chuvas no início do ano, algumas localidades mais distantes não têm acesso à distribuição de água tradicional e dependem da Operação Pipa, comandada pelo Exército. Em fevereiro, a AMA reuniu a reuniu a bancada federal para discutir políticas permanentes para esse abastecimento.