O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, desembarcou ontem em Xangai, na primeira parada de sua visita à China, e foi recebido pela ex-mandatária Dilma Rousseff. Durante sua passagem por Xangai, o petista participará da posse de Dilma como presidente do banco do Brics - bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul -, hoje. Além disso, ele visitará uma fábrica da gigante de telecomunicações Huawei. Já na sexta (14), Lula se encontrará em Pequim com seu homólogo chinês, Xi Jinping, com quem analisará, entre outros temas, a relação bilateral entre os dois países e o conflito na Ucrânia. O brasileiro ainda terá reuniões com lideranças políticas e empresários e visitará o presidente da Assembleia Popular, Zhao Leji, e o primeiro-ministro, Li Quiang. Esta é a primeira visita oficial de Lula à China desde 2009 e deveria acontecer no dia 26 de março, mas foi adiada porque Lula contraiu pneumonia. Há uma grande expectativa sobre a viagem de Lula ao país asiático. A China é o principal parceiro comercial do Brasil: 27% de tudo o que foi exportado pelo país no ano passado teve como destino o mercado da nação oriental. A comitiva de Lula conta com mais parlamentares do Progressistas (PP), partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, do que do próprio Partido dos Trabalhadores (PT), do chefe do Executivo. São cinco deputados do PP: Neto Carletto (BA); Lula da Fonte (PE); Eduardo da Fonte (PE); Antônio José Albuquerque (CE); e Fausto Pinato (SP). Entre os petistas estão três parlamentares: o deputado Vander Loubet (MS) e os senadores Jaques Wagner (BA) e Augusta Brito (CE). O PP, que integra o chamado Centrão, compunha a base de apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e, inclusive, fez parte da coligação que apoiou a candidatura dele à reeleição no ano passado.