Familiares visitam Cavalcante na PF-Bahia
LUIZA BARREIROS A Justiça de Alagoas ainda não conseguiu nenhuma resposta positiva da Justiça de São Paulo quanto à remoção do ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior paulist
Por | Edição do dia 28/01/2005 - Matéria atualizada em 28/01/2005 às 00h00
LUIZA BARREIROS A Justiça de Alagoas ainda não conseguiu nenhuma resposta positiva da Justiça de São Paulo quanto à remoção do ex-tenente-coronel Manoel Francisco Cavalcante para o presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, no interior paulista. Pelo menos é essa a informação das assessorias de imprensa dos Tribunais de Justiça de Alagoas e de São Paulo. A assessoria do TJ de São Paulo também informou que até ontem ainda não havia chegado ao Departamento Técnico de Apoio ao Serviço de Execuções Criminais (Decrim-7) órgão da sua estrutura responsável pela decisão de aceitar ou não Cavalcante em Presidente Bernardes nenhum pedido oficial de transferência vindo de Alagoas. Enquanto isso, Cavalcante permanece preso na Superintendência da Polícia Federal na Bahia (PF-BA), para onde foi transferido na manhã de terça-feira. A delegada Mônica Horta, da assessoria de imprensa da PF, informou que na carceragem da PF baiana, Cavalcante tem autorização para receber visitas de familiares e ter contato com advogados. Ela não confirmou a informação obtida pela GAZETA de que Cavalcante teria recebido a visita da esposa no dia de ontem, mas admitiu que ela poderia ter tido contato com o preso. Todos os direitos constitucionais do preso estão garantidos. Por isso, ele está aberto para receber a visita de familiares e para ter a assistência de advogados, afirmou, por telefone. A delegada disse ainda que durante o dia de ontem, circulou na imprensa a informação de que Cavalcante seria transferido ontem mesmo para outro local. Continuo a dizer que ele permanece aqui e por tempo indeterminado, disse. Fuga Ontem, o juiz da Vara de Execuções Penais da Capital, Jamil Hollanda Ferreira, publicou no Diário Oficial o despacho que autorizou a transferência do ex-oficial na terça-feira. No despacho, o juiz afirmou a transferência provisória foi necessária dada a relevância da medida. Segundo ele, a transferência para a Superintendência da PF na Bahia buscou garantir a ordem pública e amparar o efetivo cumprimento da pena, já que evitava provável fuga do apenado. No mesmo despacho, o juiz salientou que a Vara de Execuções Penais de Alagoas ainda se mantém competente para a execução das três penas já transitadas em julgado nas quais Cavalcante foi condenado a 27 anos e 11 meses de prisão, sendo que sete deles já cumpridos , já que a transferência para a Bahia tem caráter provisório. Por lei, quando houver a transferência definitiva, a execução passa a ser de responsabilidade do juiz de Execuções Penais do Estado que receber o preso. Entretanto, no caso de Cavalcante, ele ainda continuará a responder a outros oito processos em Alagoas, entre eles por acusação de homicídio, que ainda estão em fase de instrução ou recurso.