A diretora-presidente da Arsal [Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Estado de Alagoas] Camila Silva Ferraz, vai ser a próxima convidada a prestar esclarecimentos sobre a concessão do serviço de água e esgoto, conforme a programação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da BRK Ambiental, instalada na Câmara Municipal de Maceió. A formalidade do convite à representante do órgão público e outros assuntos pertinentes devem ser decididos em mais uma reunião dos vereadores que integram o grupo, que acontece na semana que vem, na Casa de Mário Guimarães. Ela é a segunda pessoa pública a ser questionada na CEI. O primeiro foi o diretor-presidente da BRK Ambiental, Hebert Dantas, ocorrida há duas semanas. Camila Ferraz deve ser interrogada, principalmente, sobre as ações de fiscalização do serviço tocado pela empresa privada na capital alagoana. A tarifa de água e esgoto, reajustada anualmente, também passa pelo crivo da reguladora. O presidente da CEI, vereador João Catunda (PP), informou que, na reunião da semana que vem, os integrantes precisarão analisar os documentos enviados pela concessionária após pedido formal da comissão. A ideia é se debruçar na papelada para nortear as futuras atividades do grupo, inclusive definir quais os questionamentos a serem feitos à presidente da Arsal. “Apesar de termos recebido alguns documentos, faltaram cópias dos contratos que não foram encaminhados. Estes papéis serão novamente requisitados e, após a análise de todos eles, vamos saber quais providências serão tomadas a partir de agora”, revelou o vereador João Catunda. A comissão ainda enviou ofícios com pedidos de informações formais à Arsal, Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). Um prazo foi dado a estes órgãos para o envio dos esclarecimentos solicitados, sempre para robustecer o conhecimento dos vereadores acerca do processo de concessão do serviço na Região Metropolitana de Maceió. Um dos pontos da atuação da BRK Ambiental na capital a serem questionados pelos vereadores que integram a Comissão Especial diz respeito aos valores cobrados aos consumidores pelo serviço de água e esgoto que não estariam claros no contrato de concessão firmado entre a empresa e o governo do Estado. Eles querem saber qual o planejamento estratégico da concessionária e ouvir o contraditório. E, mesmo após dois anos do contrato celebrado e em vigor, disseram não entender como a cessão da exploração de água e esgoto em Maceió não passou pelo crivo da Câmara Municipal.