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Nº 5885
Política

GOVERNO QUER TER MAIORIA E INDICAR RELATOR DE CPMI

Comissão Parlamentar Mista de Inquérito vai apurar os ataques às sedes dos três Poderes ocorridos no dia 8 de janeiro

Por G1 | Edição do dia 21/04/2023 - Matéria atualizada em 21/04/2023 às 04h00

O vice-líder do governo no Congresso, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou ontem que, se a CPI mista sobre os atos golpistas de 8 de janeiro for criada, os aliados de Lula vão tentar ter a maioria dentro do colegiado e indicar o relator da comissão.

Antes contrários à criação de uma CPI para investigar os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes em Brasília, governistas agora dizem ser favoráveis à instalação do colegiado.

A mudança de postura ocorreu depois que aliados do governo perceberam que não conseguiriam evitar a instalação da CPI mista, proposta por parlamentares de oposição a Lula. Sobretudo, após a divulgação de imagens da invasão ao Palácio do Planalto que resultou na demissão do general Gonçalves Dias do cargo de ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

Em entrevista nesta quinta-feira, Lindbergh disse acreditar que a criação da CPI mista será “um tiro no pé” dos bolsonaristas. “Há uma maioria do governo. A presidência vai ser do bloco governista. Relator também. Essa história de que autor do pedido vira presidente ou relator isso não existe. Isso é quando há acordo”, afirmou o deputado. “Estou convencido de que essa CPI vai ser um tiro no pé dos bolsonaristas. Uma coisa eles não vão conseguir mudar com falsas narrativas. Nessa CPI, vamos atrás dos financiadores [dos atos golpistas]. Primeiro nome que queremos chamar é Anderson Torres [ex-ministro da Justiça da gestão Bolsonaro]”, completou o petista. A CPMI deve ser instalada na próxima quarta-feira. O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), deve ler o requerimento de abertura da comissão e, depois disso, os líderes partidários irão indicar os membros. São 15 senadores e 15 deputados no colegiado.

DEPOIMENTO

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ontem que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República Gonçalves Dias preste depoimento à Polícia Federal (PF). A medida deverá ser cumprida no prazo de 48 horas. Na quarta-feira (19), Dias pediu demissão do cargo após imagens divulgadas pela CNN Brasil mostrarem ele e outros funcionários da pasta no interior do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes. A decisão de Moraes foi motivada pela divulgação das imagens e faz parte do inquérito que apura as responsabilidades de agentes públicos durante os atos golpistas de 8 de janeiro. “A imprensa veiculou gravíssimas imagens que indicam a atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”, escreveu o ministro.

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