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Nº 5822
Política

Lessa e Sampaio: entre “tapas e beijos”

As relações entre o presidente estadual do PDT, Geraldo Sampaio, e o governador Ronaldo Lessa (PSB) tornaram-se conflituosas no primeiro mandato do governador. “Houve algumas incompreensões da minha parte ou da parte dele [Lessa], mas eu conheço o Ronaldo

Por | Edição do dia 29/01/2005 - Matéria atualizada em 29/01/2005 às 00h00

As relações entre o presidente estadual do PDT, Geraldo Sampaio, e o governador Ronaldo Lessa (PSB) tornaram-se conflituosas no primeiro mandato do governador. “Houve algumas incompreensões da minha parte ou da parte dele [Lessa], mas eu conheço o Ronaldo e fui um dos que influenciaram no início da carreira política dele. O outro foi Teotônio Vilela”, disse ontem Sampaio. Em 1999, porém, o discurso era bem diferente. Cinco meses após a posse de Lessa e do seu vice, Geraldo Sampaio, no governo do Estado, os dois romperam politicamente. A crise teria começado na única vez em que o presidente alagoano do PDT assumiu o governo, durante uma licença médica de 15 dias do governador. Até uma suposta tentativa de golpe estava sendo tramada, para derrubar Lessa em uma ação de impeachment. Após a turbulência, Lessa evitou transferir o governo a Sampaio, mesmo quando tinha que viajar ao exterior. No primeiro mandato do governador, havia uma crise institucional entre Lessa, a Assembléia Legislativa e o Tribunal de Justiça. Para completar a “guerra” entre Lessa e Sampaio, o presidente do PDT lançou seu nome ao governo do Estado, nas eleições de 2002, concorrendo com Lessa, e perdeu a disputa. O distanciamento entre PDT e PSB acabou em 2003, quando o PDT assumiu a Secretaria de Trabalho. Briga No ano passado, o PDT voltou a se separar do governo estadual para lançar o nome do deputado estadual Cícero Almeida (hoje sem partido) ao governo municipal, em uma aliança com o deputado federal João Lyra (PTB). Após as eleições municipais, com a vitória de Almeida, o prefeito e Sampaio romperam politicamente por causa do loteamento de cargos no primeiro escalão. Sampaio praticamente expulsou o prefeito do partido. Almeida acabou saindo. O governador atuou como bombeiro, tentando convencer o presidente pedetista a voltar atrás na decisão. Almeida rejeitou a mediação. Em dezembro, as relações entre Lessa e Sampaio se estreitaram ainda mais após o secretário de Educação, Maurício Quintella, a pedido do governador, anunciar sua futura filiação no PDT. Nas últimas semanas, o governador alagoano chegou a declarar que estava fortalecendo partidos da base aliada para “possivelmente”, ingressar em “algum deles”, mas já não havia dúvida de que seria o PDT. (OR)

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