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Nº 5822
Política

Reforma administrativa ainda � um mist�rio

ODILON RIOS Um mês após assumir o cargo prometendo fazer uma reforma administrativa na Prefeitura, o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (sem partido), deixou de falar sobre o assunto durante suas aparições públicas. A reforma, segundo Almeida, tem por o

Por | Edição do dia 30/01/2005 - Matéria atualizada em 30/01/2005 às 00h00

ODILON RIOS Um mês após assumir o cargo prometendo fazer uma reforma administrativa na Prefeitura, o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (sem partido), deixou de falar sobre o assunto durante suas aparições públicas. A reforma, segundo Almeida, tem por objetivo reduzir os gastos e melhorar o funcionamento da máquina pública. Na última quinta-feira, durante uma solenidade na Secretaria Municipal de Ação Social, Almeida voltou a lembrar das promessas de campanha, falou dos pobres, mas não tocou no assunto da reforma administrativa. “O prefeito não fala porque está com a agenda cheia”, disse o secretário de Comunicação, Luiz Dantas, em rádios locais. O projeto já deveria ter sido votado pela Câmara Municipal de Maceió, mas foi adiado devido a “problemas técnicos”. Há duas semanas, em entrevista coletiva, o secretário de Governo, Max Trindade, justificava que o projeto da reforma não atrasava o funcionamento dos órgãos municipais. Não se sabe ao certo como vai funcionar a reforma administrativa prometida pelo prefeito. Ela extinguiu duas secretarias extraordinárias e a de Intercâmbio Nacional (heranças da administração da ex-prefeita Kátia Born), mas, outros detalhes como o fim de cargos comissionados e a redução no secretariado ainda permanecem nebulosos. A promessa de Almeida, logo quando assumiu a Prefeitura, foi de acabar com “mais de 60%” dos cargos comissionados e reduzir pela metade o número de secretarias. “A ordem agora é economizar”, disse o prefeito, no início de janeiro. Dias depois, manteve 31 das 34 secretarias do governo anterior e, à medida que o tempo passa, protela a apresentação do projeto. A última informação dada pela equipe do prefeito é que o projeto seria apresentado à Câmara, mas agora vai passar por uma simulação, antes de o texto ser enviado aos vereadores. Reforma à parte, até agora as duas únicas medidas consideradas de impacto na administração de Almeida foram o desligamento dos pardais, na primeira semana de governo, e um corte de 20% em gastos nas secretarias, na terceira semana. Esta semana, Almeida resolveu escolher a sexta-feira para ouvir a população na Prefeitura e colocar o jeito “Fidel Castro” de governar a cidade em prática. Outro assunto evitado por Almeida tem sido a sua filiação partidária. O prefeito rompeu com o PDT após assumir o cargo e vem sendo “paquerado” por várias lideranças partidárias. Nas possibilidades de filiação estão o PPS, PFL e PTB, este último do padrinho de campanha de Almeida, o deputado federal João Lyra. Informações de bastidores, no entanto, apontam para o PP, do deputado federal Benedito de Lira, como o mais provável destino do prefeito.

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