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Nº 5822
Política

Nova Mesa Diretora da ALE toma posse hoje

ODILON RIOS A Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE) empossa hoje, às 15 horas, a Mesa Diretora da Casa. A eleição ocorreu em agosto de 2003 e gerou polêmica. A votação da Mesa Diretora foi antecipada em mais de ano por causa de uma Emenda Constitucion

Por | Edição do dia 01/02/2005 - Matéria atualizada em 01/02/2005 às 00h00

ODILON RIOS A Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE) empossa hoje, às 15 horas, a Mesa Diretora da Casa. A eleição ocorreu em agosto de 2003 e gerou polêmica. A votação da Mesa Diretora foi antecipada em mais de ano por causa de uma Emenda Constitucional do deputado estadual Cícero Amélio (PP), que modificava o regimento interno da ALE e a Constituição Estadual. Com as modificações, a Mesa Diretora, que tinha como presidente o deputado estadual Celso Luiz (PSB), eleito para o biênio 2003-2004, conseguiu se reeleger, antecipadamente, para comandar a casa em 2005-2006. Ontem à noite, Celso esteve reunido com parte da bancada para discutir os detalhes da posse, mas o encontro aconteceu a portas fechadas, longe da imprensa. Os membros reeleitos são: Celso Luiz (PSB-presidente), Francisco Tenório (PPS-1º vice presidente); Gilberto Gonçalves (PP-2º vice); Luiz Pedro (PDT-3º vice); Arthur Lira (PSL-1º secretário); Cícero Ferro (PMDB-2º secretário); Gilvan Barros (PL- 3º secretário); Zé Pedro (PSDB-4º secretário). O prefeito de Maceió, Cícero Almeida (sem partido), que antes ocupava a 3ª Secretaria na Assembléia como deputado estadual, deixou a vaga para Gilvan Barros. Além de ser substituído por Gilvan Barros na 3ª Secretaria, Almeida também deve ceder sua cadeira na ALE para o segundo suplente, Judá Nicácio (PDT), segundo a assessoria da Casa. A prefeita de Joaquim Gomes, Cristina Brandão (PTB), primeira suplente e candidata mais próxima à vaga, não confirmou a informação. “Ele [Judá] ainda não me procurou nem atendeu aos meus chamados”, disse Cristina, ontem à noite, por telefone. Anulação Mesmo após a posse, o mandato da nova Mesa Diretora da ALE pode ser anulado pela Justiça. Pelo menos é o que espera o advogado Richard Manso, que entrou em 2003 com um pedido de anulação da eleição na Assembléia. “Não houve validade, mas sim uma fraude à Constituição Estadual”, afirmou. Segundo Manso, decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), tratando do tema, derrubaram estratégias semelhantes em outros estados brasileiros. “Houve falha na apresentação do projeto e eu espero que tudo isso seja resolvido até depois do carnaval”, argumentou. Nos bastidores, a estratégia de reeleger Celso Luiz à presidência da ALE, em 2003, teria sido articulada pelo governador Ronaldo Lessa (PSB). O motivo seria a relação conflituosa existente entre o governador e a Assembléia, no primeiro mandato do governador, quando o “grupo dos 14”, liderado pelo então presidente do Poder Legislativo, Antônio Albuquerque (PL), engessou as ações do Executivo na Casa de Tavares Bastos. Mesmo tendo gerado polêmica, a estratégia adotada por Celso Luiz para se manter no poder não é uma novidade. No começo do século passado, por exemplo, um tio-avô do presidente da Assembléia, Euclydes Malta, em uma ação espetacular, assumiu o governo desbancando o Barão de Traipu. Euclydes se manteve no poder de 1900 a 1912, elegendo sucessivamente aliados seus na Assembléia Legislativa.

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