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Nº 5595
Política

SERIS INICIA PROJETO PARA ALFABETIZAR MAIS DE 420 REEDUCANDOS

Projeto Novas Letras está combatendo o analfabetismo no sistema prisional de Alagoas

Por thiago gomes | Edição do dia 09/05/2023 - Matéria atualizada em 09/05/2023 às 04h00

Após identificar mais de 420 reeducandos que não sabem ler nem escrever, a Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) iniciou o Projeto ‘Novas Letras’, que propõe o combate ao analfabetismo no sistema prisional. As aulas já começaram a ser ministradas nos presídios por professores cedidos pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc).

De acordo com o secretário Diogo Teixeira, da Seris, as unidades carcerárias de Alagoas dispõem de salas educacionais que estão sendo utilizadas pelos educadores para colocar em prática a nova política pública. Em entrevista à Rádio MIX, na manhã desta segunda-feira (8), o secretário disse estar confiante de que a iniciativa vai contribuir com a ressocialização.

“Estamos com uma parceria com a Secretaria de Educação do Estado e temos a convicção de que vamos colher, em breve, resultados positivos. Com a educação, a reincidência vai reduzir de maneira considerável. Além dela, estamos fomentando pilares que ajudam neste processo, com a família e a religião”, destacou Teixeira. Para colocar em prática o projeto, a pasta fez um censo carcerário educacional, concluído recentemente. A partir dos dados coletados, foi possível organizar a estratégia que visa à erradicação do analfabetismo no sistema prisional de Alagoas, considerado um problema grave pelo secretário, que dificulta o trabalho de ressocialização dos reeducandos. Ele informou que esta ideia, além de promover a alfabetização, poderá ser um fator considerado pela Justiça para remissão de pena, configurando mais um atrativo ao detento para repensar a condição de vida.

Dados das unidades

Na Penitenciária Masculina Baldomero Cavalcanti de Oliveira, que tem uma população carcerária atualmente de 769 pessoas, foram identificados 36 analfabetos e 27 analfabetos funcionais. Já no Cyridião Durval, que registra 471 reeducandos, há 64 analfabetos e 34 analfabetos funcionais. E, no caso do Presídio Feminino Santa Luzia, estão reclusas 134 mulheres. Desse total, 14 analfabetas e 13 funcionais.

Na PENSM2 (Penitenciária de Segurança Máxima 2), a população carcerária é de 1.067, atualmente. Desse total, foram localizados 74 analfabetos e 56 analfabetos funcionais. No caso do PENSMM 3 (Penitenciária de Segurança Máxima de Maceió), a população total é de 886 pessoas privadas de liberdade. Nessa unidade foram encontrados 117 analfabetos.

Nas unidades prisionais de Maceió, onde foi realizado o censo educacional, foram identificados 305 apenados que não sabem ler e nem escrever. Incluindo o Presídio do Agreste, com 123 pessoas nessa situação, o total é de 428 analfabetos recolhidos em unidades prisionais de Alagoas.

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