PREFEITURA DE MACEIÓ FARÁ CONCURSO PARA CERCA DE MIL SERVIDORES

Depois de promover uma ampla reforma administrativa em 23 secretarias, superintendências e órgãos municipais, o prefeito de Maceió, JHC (PL), vai promover concurso público para contratar cerca de mil servidores, revelou uma importante fonte do primeiro escalão da prefeitura. O prefeito, em entrevista exclusiva à Gazeta, confirmou a realização de “um grande concurso público”. Porém não revelou o número preciso de servidores que vão ser selecionados. Um dos setores que serão sensivelmente oxigenados com novos servidores é a Guarda Municipal. “Prefiro não adiantar a quantidade de vagas que vamos disponibilizar para o concurso público até a conclusão dos trabalhos técnicos que estão em andamento em cada pasta. O nosso pessoal está fazendo um levantamento das necessidades dos setores e da Guarda Municipal”, disse o prefeito. “Por enquanto, o que posso adiantar é que o concurso será no segundo semestre”. O prefeito ressaltou que as obras estão em andamento, os pagamentos em dia, arrecadação equilibrada e a prefeitura está contabilizando a situação econômica para compatibilizar as finanças com as necessidades de novos servidores.

ALIANÇAS

Nas últimas semanas, o prefeito ampliou seu leque de alianças políticas, tem participado de solenidades de instalação de obras e revisita setores em reformas acompanhado de deputados e de alguns vereadores que eram dos blocos da oposição ou da bancada dos “independentes”. Segundo fontes da prefeitura, os 25 vereadores votaram a maioria dos projetos unanimemente em favor do prefeito. Um dos independentes, o vereador Eduardo Canuto (PV), estava ao lado do prefeito no lançamento do projeto de construção de um boulevard na área histórica do Mirante de São Gonçalo, no bairro do Farol. O projeto, orçado em R$ 600 mil, revitalizará uma área central do antigo alto da Jacutinga e que tem uma vista estratégica e panorâmica da cidade. A obra, além de melhorar a qualidade de vida dos moradores locais, será mais um equipamento turístico da cidade e deve ser entregue à população até o final deste ano, acredita o prefeito. Com relação ao apoio dos vereadores à gestão municipal, JHC avaliou que o clima com os vereadores “é bom”. As divergências políticas, segundo ele, foram “serenadas”. “A relação melhorou bastante e chegamos ao entendimento que Maceió precisa superar desafios enormes e unidos poderemos avançar”, afirmou. JHC considerou também que o volume de investimentos em andamento na cidade conflui com os desejos dos vereadores e é natural que eles queiram participar também deste momento. “Os vereadores viram que nós estamos credenciados para fazer o que a cidade precisa. Isto facilita muito o nosso trabalho”. JHC considerou como natural as divergências que havia antes [quando assumiu a gestão] e dividiu os 25 vereadores. “Naquele início de governo foi natural a divisão e a incerteza. Era o novo gestor chegando e as coisas estavam acontecendo. Eu precisava mostrar a minha disposição de fazer as coisas acontecerem, fomos trabalhando, depois que ocorreram a consolidação das metas traçadas, as relações se rearranjam e hoje temos a alegria da Câmara Municipal estar sempre presente quando a prefeitura precisa defender os interesses públicos”. Ao ser questionado se os 25 vereadores estavam do seu lado, o prefeito respondeu politicamente: “Nós temos obtido 100% de apoio dos vereadores que votam em conjunto nos projetos da prefeitura”. Nos bastidores existem também muitas especulações com relação ao nome do candidato a vice-prefeito na chapa de reeleição de JHC. As apostas direcionam para um nome da Câmara dos Vereadores e outros falam que a indicação será do grupo político que apoia a gestão municipal com participação direta em secretarias e órgãos. Sobre isso, o prefeito adiantou que ainda é cedo para discutir a composição da chapa majoritária e falar de reeleição. “Com certeza esse nome [do vice na chapa dele] virá do grupo político que nos apoia”. Ele esclareceu, porém, que está focado no trabalho e lembrou que 2023 é um ano administrativo. Sobre a relação com o governo Paulo Dantas, o prefeito de Maceió evitou críticas. “A relação é institucional”.