Deputados deixam de comparecer � ALE para fazer campanha eleitoral
Faltando ainda 70 dias para o início da campanha eleitoral, a pauta de trabalho na Assembléia Legislativa do Estado (ALE) já começou a esvaziar. Além da ausência de projetos na ordem do dia, a freqüência dos deputados nas sessões ordinárias se tornou meno
Por | Edição do dia 27/04/2002 - Matéria atualizada em 27/04/2002 às 00h00
Faltando ainda 70 dias para o início da campanha eleitoral, a pauta de trabalho na Assembléia Legislativa do Estado (ALE) já começou a esvaziar. Além da ausência de projetos na ordem do dia, a freqüência dos deputados nas sessões ordinárias se tornou menor, mesmo com o desconto das faltas nos subsídios. A média de presença tem sido de 12 a 14 parlamentares por sessão, o que representa, no máximo, 50% da bancada. O esvaziamento da Assembléia aumentou depois da eleição do ex-secretário-geral do governo, Otávio Lessa, para conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Um dia antes da votação, ocorrida na última sexta-feira, o presidente da ALE, deputado Antônio Albuquerque (PTB), já reclamava do recrudescimento e da falta de coesão dos colegas, para manter o Poder ativo e autônomo. Na avaliação de alguns deputados, o quadro de esvaziamento vivido pela Assembléia nas últimas semanas tende a piorar com a aproximação das eleições, sobretudo no segundo semestre. Em junho haverá as convenções partidárias para homologar as candidaturas e coligações e, a partir de 6 de julho, terá início a campanha eleitoral. Uma das formas de amenizar o efeito da campanha sobre os trabalhos legislativos é mudar o horário das sessões para a manhã, mas o projeto de resolução que propõe tal alteração, de autoria da Mesa Diretora, sequer foi analisado ainda pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Apesar de vários projetos de lei terem sido aprovados pela Assembléia nos últimos dois meses, não faltam matérias na Casa para serem apreciadas e votadas. Além de mensagens do governo que ficaram do ano passado e outras que chegaram este ano, o próprio Legislativo possui projetos importantes para deliberar, como o que trata da imunidade parlamentar - adequando a Constituição estadual à Constituição Federal - e o que altera dispositivos constitucionais sobre a tramitação da lei orçamentária.