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Nº 5822
Política

Z� Nilton foi � posse do prefeito de Minador

CELIO GOMES Os principais acusados pela tentativa de assassinato do deputado estadual Cícero Ferro (PMDB) estiveram na posse do novo prefeito de Minador do Negrão (a 169 km de Maceió) Emílio Barros, em 1º de janeiro deste ano. José Nilton Cardoso Ferro,

Por | Edição do dia 04/02/2005 - Matéria atualizada em 04/02/2005 às 00h00

CELIO GOMES Os principais acusados pela tentativa de assassinato do deputado estadual Cícero Ferro (PMDB) estiveram na posse do novo prefeito de Minador do Negrão (a 169 km de Maceió) Emílio Barros, em 1º de janeiro deste ano. José Nilton Cardoso Ferro, o Zé Nilton, foi o principal apoio político do prefeito eleito – mesmo com prisão decretada e foragido da Justiça. A presença de Zé Nilton na posse foi até comunicada a outros convidados para a festa. Na quarta-feira, a GAZETA revelou que Zé Nilton voltou a Minador, desta vez para o velório de seu primo e aliado político, Jacó Cardoso Ferro, assassinado na última sexta-feira, dia 28 de janeiro. A cúpula da Polícia Civil de Alagoas não admite, mas os relatos sobre a presença de Zé Nilton em Minador do Negrão são muitos. Parentes da família Ferro ouvidos pela reportagem – que por motivos óbvios não querem ter o nome revelado – contam em detalhes o que viram há uma semana, durante o velório de Jacó Ferro. Zé Nilton e seus dois filhos – Valdeck e Vânio Cardoso Ferro – estiveram no velório de Jacó. Com eles, estava também o filho de Jacó, Jackson Ferro – como a GAZETA também revelou na quarta-feira. Zé Nilton, seus filhos e o filho de Jacó têm prisão decretada há um ano, como principais suspeitos no atentado contra o deputado Cícero Ferro, crime ocorrido em 31 de janeiro de 2004. Vários integrantes da família Ferro deixaram Minador com medo e estão hoje em Maceió. Alguns deles relataram os detalhes da presença de Zé Nilton no velório de Jacó Ferro. O grupo, com 15 homens, chegou ao município na noite de sexta, 28, por volta de 23h. Perto de meia-noite e meia, Zé Nilton estava no velório de Jacó, que ocorreu numa fazenda, a cerca de 2 km de Minador, pertencente ao pai de Zé Nilton, Zequinha Cardoso. O grupo usou cinco carros e monitorou a cidade para evitar problemas com a polícia. Mas não houve motivo de preocupação para ninguém. Embora a Secretaria de Defesa Social diga que a cidade estava policiada, “nenhum policial chegou perto da fazenda, nada”, contou um morador da cidade. O grupo ficou em Minador até por volta de 5 horas da manhã de sábado. Antes de partirem, Zé Nilton e Jackson Ferro juraram vingar a morte de Jacó. “Isso não vai ficar assim, pode esperar”, teria dito Jackson, ao tocar o corpo do pai no caixão. Até ontem, a única explicação do secretário de Defesa Social para o caso era esta: “Zé Nilton pode até ter ido [a Minador], mas vestido de outra maneira. Só se ele tirou aquele bigodão, que todo mundo conhece, para disfarçar”. A reportagem ouviu de integrantes da família Ferro que Zé Nilton não usou disfarce algum. Com ou sem disfarce, continua livre há mais de um ano.

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