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MAIS MÉDICOS DEVE REDUZIR DEMANDAS NO SERTÃO

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A volta do Mais Médicos gera expectativa nos municípios alagoanos, especialmente naqueles localizados no Sertão, região que mais sofre com a falta de profissionais de saúde. Todos os gestores municipais estão sendo informados sobre os regramentos e nenhum até o momento informou sobre recusa ao programa, segundo informou o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Alagoas (Cosems).

Em Alagoas, são ofertadas 41 vagas em 31 municípios contemplados. O edital abriu, no total, 6,2 mil vagas em todo o país, incluindo mil postos inéditos para a Amazônia Legal. A previsão é de que essas sejam as primeiras vagas de um total de 15 mil que serão abertas até o fim do ano, chegando a mais de 28 mil médicos atuando no país para agilizar o acesso à saúde na Atenção Primária, porta de entrada do SUS.

O investimento por parte do governo federal neste ano será de R$712 milhões. Para atender as regiões que mais precisam, o Programa Mais Médicos utiliza critérios na distribuição das vagas como a situação de vulnerabilidade social. Por isso, 47% das vagas foram destinadas às regiões de alta vulnerabilidade social, sendo 1,1 mil nos municípios de extrema pobreza e 1,8 mil para contemplar a categoria alta e muito alta de vulnerabilidade.

“Só em Alagoas são 41 novas vagas em 31 municípios, locais distantes dos grandes centros urbanos, onde os municípios têm dificuldade da permanência desses profissionais. Isso é muito importante porque a gente contempla as pessoas, principalmente as que mais precisam com acesso aos serviços de saúde”, declara o prefeito Hugo Wanderley, presidente da Associação dos Municípios Alagoanos (AMA). A Gazeta pergunta a Kátia Betina, secretária-executiva do Cosems, se o programa deve suprir toda a demanda por médicos em Alagoas. Ela diz que a iniciativa diminuirá o número de municípios sem profissionais, porém, “pelas experiências dos anos anteriores, não suprirá toda demanda, já que existe uma alta rotatividade desses profissionais”. A permanência de médicos sempre foi uma das principais dificuldades dos municípios ao longo dos 10 anos de programa e o Cosems acredita que não é um problema facilmente resolvido. “Para isso, precisaríamos de número maior de profissionais no mercado, disponíveis para atuar na atenção básica, na carga horária de 40h semanais”, disse. “O Cosems enxerga positivamente o retorno do programa, mas a fixação de médicos na atenção primária sempre foi uma das principais dificuldades. O programa procura diminuir a carência desses profissionais nos mais diversos territórios e já trouxe resultados positivos, como demonstraram evidências científicas, a exemplo da redução da mortalidade infantil. Agora o Ministério da Saúde busca ampliar o alcance, ampliando a oferta de vagas”, acrescenta a integrante do Conselho .

O PROGRAMA

Para a execução das ações de aperfeiçoamento no âmbito do Mais Médicos, é concedida aos médicos participantes do programa uma bolsa-formação no valor mensal bruto de R$ 12.386,50. Esse valor é revisto anualmente, tendo como referência o mês de junho do exercício financeiro em curso.

MUNICÍPIOS ALAGOANOS

Os municípios alagoanos contemplados foram: Arapiraca, Cacimbinhas, Campestre, Campo Alegre, Colônia Leopoldina, Dois Riachos, Feira Grande, Girau do Ponciano, Igreja Nova, Inhapi; Junqueiro, Maragogi, Maravilha, Marechal Deodoro, Ouro Branco, Palmeira dos Índios, Pão de Açúcar, Penedo, Pindoba, Piranhas, Poço das Trincheiras, Porto Calvo, Porto de Pedras, Santana do Ipanema, São Miguel dos Campos, Teotônio Vilela e União dos Palmares.

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