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Lessa pousa no PDT dia 10, mas pode virar estranho no ninho

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ODILON RIOS Ainda no embalo carnavalesco, o governador Ronaldo Lessa vestirá na próxima quinta-feira, dia 10, sua nova ?fantasia? política. Ele ingressa no PDT, levando consigo algumas peças-chave visando compor um novo enredo com os brizolistas rumo às eleições de 2006. Embora Lessa esteja deixando o PSB para ocupar uma função de destaque no PDT, ele corre o risco de se tornar um estranho no ninho, caso não consiga dar novos rumos ao projeto político estabelecido pelo partido no Nordeste, que é de atrair novas lideranças para a sigla. Por enquanto, uma coisa é dada como certa: o governador alagoano enfrentará resistência, caso inicie sua nova jornada no PDT defendendo o governo Lula. ?O governador é bem-vindo ao partido, mas existe uma orientação nacional. Não podemos pertencer ao governo federal e esquecer os nossos discursos?, disse o futuro líder do PDT no Senado, Osmar Dias (PR). ?Não deve haver conflito com o governador, mas ele precisará rever sua posição?, avisa. Dias reforçou que o PDT faz ?oposição responsável? ao governo Lula, ?um legado deixado por Leonel Brizola?, presidente de honra do partido, morto ano passado. O presidente de honra ajudou a eleger Lula, mas acabou indo para a oposição, por não concordar com os rumos da política econômica do governo federal. O futuro líder do PDT na Câmara, Severino Alves (BA), tem opinião semelhante à do líder do partido no Senado. ?Não dá para conduzir hoje o PDT para a base aliada, o que não significa que rompemos o diálogo com o governo federal?, afirmou. ?O governo nos respeita como oposição independente?, argumentou. Segundo ele, o PDT começa a crescer em todo o país, mas obedecendo à ?qualidade dos filiados? e à orientação partidária. ?Não somos oposição ao governo por ser. Temos independência para analisar os fatos?, avaliou. Osmar Dias e Severino Alves assumirão as lideranças do PDT no Congresso Nacional no mesmo dia da assinatura de filiação de Lessa no partido: 10 de fevereiro, a partir das 14 horas, em Brasília (DF). Além de Lessa, os pedetistas esperam trazer às suas bases dois deputados federais do Rio de Janeiro e dois governadores. Um deles pode ser Cássio Cunha Lima (PSDB), da Paraíba. O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba arquivou, em setembro do ano passado, uma representação eleitoral contra o governador, acusado de prática de captação ilegal de sufrágio na campanha eleitoral de 2002. Abacaxi Além de arrebanhar novos nomes para o PDT, o governador alagoano também terá de descascar um outro abacaxi: o PPS. O partido é aliado do PDT nacionalmente, mas, em Alagoas, estão em lados opostos. ?A linha política do governador é de submissão ao governo federal?, ataca o presidente estadual do PPS, Regis Cavalcante. O PPS rompeu com Lessa ano passado, depois de lançar Regis à Prefeitura de Maceió. Regis perdeu a eleição no primeiro turno, apoiou o candidato Cícero Almeida (ex-PDT) e hoje é secretário municipal de Educação da capital.

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