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Nº 5822
Política

Ex-alunos do Cefet/AL querem ser restitu�dos

REGINA CARVALHO Em reunião na última sexta-feira, o advogado Pablo Giuliani pediu a diretora pró tempore do Centro Federal de Educação Tecnológica em Alagoas (Cefet/AL) Ivone Maria Moreyra, providências no intuito de reembolsar ex-alunos da entidade que

Por | Edição do dia 06/02/2005 - Matéria atualizada em 06/02/2005 às 00h00

REGINA CARVALHO Em reunião na última sexta-feira, o advogado Pablo Giuliani pediu a diretora pró tempore do Centro Federal de Educação Tecnológica em Alagoas (Cefet/AL) Ivone Maria Moreyra, providências no intuito de reembolsar ex-alunos da entidade que pagaram mensalidades ilegalmente relativas a cursos superiores no período noturno, durante três anos. Os cursos foram oferecidos pela Fundação Alagoana de Pesquisa (Fapec), entidade ligada ao Cefet. “O Cefet é uma autarquia federal e não se deve cobrar matrículas ou mensalidades. É como a Ufal, não tem justificativa se cobrar”, destacou o advogado. Segundo ele, o prejuízo de cada ex-aluno da Fapec ficou por volta de R$ 10 mil, sem juros. As taxas eram cobradas durante a gestão do ex-diretor Mário César Jucá, que foi denunciado e afastado do cargo. Questionada por que o MEC não teria tomado as devidas providências para impedir a cobrança, a diretora disse que o ministério somente soube o que estava acontecendo no Cefet de Alagoas em 2003. “A única coisa que eu posso dizer é que a instituição vai se defender, porque o dinheiro não entrou nos cofres públicos. Essa é uma situação delicada, eu fico penalizada com tudo isso”, destacou Ivone Maria. O custo médio de cada mensalidade era de R$ 195, pagos nos anos de 2001, 2002 e 2003. O processo já tramita na Justiça Federal. O advogado Pablo Giuliani acredita que os ex-alunos serão reembolsados, mas que vai demorar de cinco a seis anos. Ivone Maria diz que a sorte dos alunos é que o MEC reconheceu os cursos oferecidos pelo Cefet. “Além de perder o dinheiro, os ex-alunos também poderiam perder o tempo que ficaram estudando”, ressaltou. No final do mês passado, vinte ex-alunos do Cefet procuraram o advogado Pablo Giuliani e pediram que o caso fosse levado adiante. “Muitos desses ex-alunos são pessoas humildes que pagavam com sacrifício as mensalidades. É um absurdo o que aconteceu”, lamentou. A diretora está em Alagoas há pouco mais de um mês e ficará à frente da instituição até a realização da eleição para diretor-geral, marcada para ocorrer por volta do mês de abril.

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