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Nº 5822
Política

Vi�va de Jac� Ferro dep�e hoje sobre o crime

LUIZA BARREIROS O delegado André Avancinni, presidente do inquérito que apura o assassinato do ex-presidente da Câmara Municipal e secretário de Administração de Minador do Negrão, Jacó Ferro, ouve hoje o depoimento da viúva da vítima, a ex-prefeita de M

Por | Edição do dia 10/02/2005 - Matéria atualizada em 10/02/2005 às 00h00

LUIZA BARREIROS O delegado André Avancinni, presidente do inquérito que apura o assassinato do ex-presidente da Câmara Municipal e secretário de Administração de Minador do Negrão, Jacó Ferro, ouve hoje o depoimento da viúva da vítima, a ex-prefeita de Minador, Socorro Cardoso Ferro. O depoimento está marcado para as 9 horas, na Delegacia de Estrela de Alagoas, município vizinho a Minador onde há 14 dias Jacó Ferro foi morto. Segundo o Delegado Regional de Palmeira dos Índios, delegado Rosivaldo Villar, o depoimento de Socorro Ferro é considerado “extremamente importante” pela polícia. “Como ela era casada com a vítima e convivia com ele, poderá ter informações que ninguém tem”, justificou Villar, que pretende acompanhar o depoimento na manhã de hoje. Os depoimentos que estão sendo colhidos pela polícia poderão ajudar a identificar os possíveis mandantes do crime, já que, desde o dia do crime, a polícia tem dois acusados de autoria material. Os irmãos Eronildo e Eliton Alves Barros estão foragidos e com a prisão preventiva decretada pela Justiça. Ligado ao deputado Cícero Ferro (PMDB), Eronildo havia sido preso em outubro do ano passado, sob acusação de porte ilegal de arma. Ele era suspeito de ter assassinado o agricultor Ednilson Teixeira Alves, ligado ao grupo político de Jacó Ferro. No momento da prisão, Eronildo Barros culpou Jacó Ferro – primo e adversário político do deputado Cícero Ferro – e o ameaçou, dizendo diante dos policiais que Jacó iria “pagar” pelo que ele estava passando. Para a polícia, Eronildo se tornou o suspeito número um depois que as pessoas que estavam com Jacó Ferro no momento do assassinato descreveram o tipo físico dos matadores (eles usavam capacete) e a compleição física do autor dos disparos bateu com a de Eronildo. Além disso, ele e o irmão não foram encontrados em casa após o assassinato e a esposa de um deles depôs afirmando que eles saíram da residência na mesma motocicleta vermelha utilizada pelos matadores do ex-vereador. Até ontem, a polícia dizia não ter informações dos dois homens, que estão sendo procurados em Alagoas e no Estado de Pernambuco. Acusações No depoimento de hoje, a viúva Socorro Ferro poderá apontar o deputado Cícero Ferro como sendo o mandante do crime contra seu marido. Segundo a filha de Socorro e Jacó Ferro, Nadja Cardoso Ferro Lemos, 24 anos, a família dela tem certeza de que os dois pistoleiros agiram a mando do deputado estadual Cícero Paes Ferro, primo e maior inimigo político de seu pai. “Ele é o cabeça. É um bandido, o único responsável pela morte de meu pai”, disse ela em entrevista à GAZETA, publicada no último domingo. Na mesma entrevista, a filha de Jacó Ferro disse que o deputado “sempre teve ódio” de seu pai, e esse sentimento teria aumentado depois da eleição de 3 de outubro do ano passado, quando o novo prefeito Emílio Barros (PSB) – apoiado por Jacó Ferro – derrotou a esposa de Cícero Ferro, Eladja Ferro (PMDB). Cícero Ferro nega as acusações e diz que Jacó Ferro foi morto por “queima de arquivo” e que o mandante pode ter sido o próprio tio de Nadja, José Nilton Cardoso Ferro, de quem Jacó era aliado. José Nilton é acusado pelo atentado ao deputado Cícero Ferro, ocorrido em 31 de janeiro do ano passado e está foragido da Justiça há mais de um ano.

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