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Depoimento da vi�va de Jac� fica em sigilo

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LUIZA BARREIROS O juiz da 4ª Vara de Palmeira dos Índios, Luciano Andrade, decretou ontem segredo de Justiça no inquérito que apura o assassinato do ex-presidente da Câmara Municipal e secretário de Administração de Minador do Negrão, Jacó Cardoso Ferro. Segundo o delegado que preside o inquérito, André Avancinni, a decretação do segredo de Justiça foi necessária para que a polícia pudesse fazer investigações sem que os possíveis investigados soubessem previamente. Ontem, Avancinni ouviu os depoimentos de quatro parentes de Jacó Ferro: a viúva Socorro Cardoso Ferro (ex-prefeita de Minador do Negrão), o cunhado Paulo Cardoso Ferro, a irmã Lourdes Cardoso Ferro e um sobrinho de Jacó, Wilton Ferro, que estava com ele no veículo na hora em que o ex-vereador foi atingido pelos pistoleiros. Em virtude da decisão da Justiça que decretou segredo das informações, o delegado não divulgou o que foi falado pelas testemunhas. “Só posso garantir que as testemunhas contribuíram para a investigação”, limitou-se a informar o delegado André Avancinni. Os depoimentos estavam previstos para ocorrer na Delegacia de Estrela de Alagoas, mas a pedido dos advogados da família de Jacó Ferro, Jânio Gonzaga e Abelardo Cerqueira, foram transferidos para a residência da viúva, em Minador. Segundo o delegado, os advogados alegaram que a família não queria ser assediada pela imprensa e também que ainda estava abalada pelo crime. As testemunhas falaram durante quatro horas. O delegado também disse não poder informar quais serão as próximas pessoas a serem ouvidas. Foragidos Até ontem, a polícia ainda não tinha pistas do paradeiro dos dois suspeitos no caso Jacó Ferro. Os irmãos Eronildo e Eliton Alves Barros tiveram a prisão temporária decretadas pela Justiça um dia após o crime, e estão sendo caçados como matadores do ex-vereador. Eronildo havia ameaçado Jacó Ferro de morte em outubro do ano passado e foi reconhecido pelos quatro sobreviventes do atentado: José Joel Matos, Gideão Roque Matos, Wilton Ferro e um policial militar identificado como Robério. Além das características físicas, Eronildo tinha sido preso em outubro de 2004, por porte ilegal de armas. Ele era acusado de envolvimento na morte do trabalhador rural Ednilson Teixeira Alves, ligado ao grupo político de Jacó Ferro, do fazendeiro José Nilton Cardoso e do atual prefeito Emílio Barros (PSB). Liberado do presídio Cirydião Durval um dia antes do crime, por determinação judicial, Eronildo ficou apenas um dia em Minador e teria deixado a cidade na sexta-feira pela manhã, horas antes do crime. A mulher de Eronildo e alguns de seus familiares também deixaram a cidade na noite de sexta-feira, mas antes ela confirmou que o marido estava na motocicleta vermelha utilizada pelos matadores na hora do assassinato de Jacó Ferro.

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