Perícia realizada pelo Ministério Público Federal (MPF) apontou diversos problemas no antigo lixão de Maceió. A questão foi discutida na quarta-feira numa reunião de trabalho, juntamente com o Ministério Público Estadual e diversas secretarias municipais de Maceió.
A principal incongruência estrutural identificada pela perícia do MPF foi relacionada ao tamanho da lagoa do chorume, que é o principal equipamento para evitar o transbordo do efluente líquido gerado pela putrefação de resíduos orgânicos em dias de muita chuva. No entanto, com o passar dos anos, o chorume – hoje ainda produzido pelo antigo lixão – já não é em grande quantidade e precisa ser avaliado se a construção de uma nova “lagoa” seria necessária.
O ponto de maior discussão foi a questão da gestão do vazadouro, uma vez que as empresas Orizon e a Alurb apresentaram divergência em relação à responsabilidade pela manutenção do empreendimento. O encontro também teve o propósito de debater a construção de uma agenda resolutiva para as não conformidades identificadas no documento pericial. A Alurb informou que foram feitas reiteradas notificações da empresa sobre problemas rotineiros identificados. E a Orizon defendeu que desde 2015 o antigo lixão já poderia ter sido devolvido ao Município de Maceió. Participaram da reunião a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), antiga Sedet; a Autarquia de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana (Alurb), antiga Sudes; a Procuradoria-Geral do Município; a Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (Semsc); a Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP); a assessoria do gabinete do deputado federal Fábio Costa; e a empresa Orizon, que sucedeu a V2 Ambiental. O tema também foi abordado durante a reunião, uma vez que uma questão recorrente é a falta de segurança no local que tem levado a invasões e depredações cometidas por pessoas sem autorização de acesso. Pela SSP foi dito que o policiamento ostensivo na região do entorno é constante, por meio da Polícia Militar (Batalhão de Eventos e Rotam).