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BRASKEM GASTA R$ 360 MI EM OBRAS DE MOBILIDADE URBANA EM MACEIÓ

Medidas incluem construção, ampliação ou recuperação de vias, ciclovias e semaforização inteligente

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A implementação de medidas para a melhoria da mobilidade urbana consta no Termo de Acordo Socioambiental firmado entre o Ministério Público Federal e a Braskem, com participação do Ministério Público Estadual. Com orçamento de R$ 360 milhões, as obras são planejadas pelo município de Maceió, executadas por empresas especializadas contratadas pela Braskem e fiscalizadas pelo poder público. As intervenções devem durar três anos e meio. Fazem parte do acordo para mitigar os problemas urbanos gerados pelo afundamento das 35 minas de sal-gema da Braskem que esvaziaram os bairros de Bebedouro, Pinheiro, Mutange, Bom Parto e um trecho do bairro do Farol e provocaram reflexos negativos na mobilidade da cidade. O pacote de mobilidade urbana reúne ações consideradas prioritárias pelo município e complementadas por estudos técnicos realizados por empresa especializada e custeados pela Braskem. As medidas incluem a construção, ampliação ou recuperação de 33,4 quilômetros de vias; 11,5 Km de ciclovias; sistema de semaforização inteligente, videomonitoramento e requalificação de passeios públicos. As obras estruturantes estão em execução nas principais vias da capital. Na Durval de Góes Monteiro, duas novas faixas laterais estão sendo construídas, ao longo de 6 km, nos dois sentidos da avenida. O projeto também contempla a construção de 6,2 Km de ciclovias e calçadas acessíveis. Além disso, 30 conjuntos semafóricos inteligentes estão instalados no trecho entre o viaduto da PRF e a Praça Centenário, na Avenida Fernandes Lima. A previsão é que, até o fim de junho, esses equipamentos estejam funcionando de forma integrada a uma central de operações que está sendo instalada na sede da DMTT. O sistema de semáforos inteligentes garantirá a redução de, no mínimo, 20% no tempo de percurso. Já na Avenida Menino Marcelo, as obras da construção de uma pista lateral de 1,5 Km, no sentido Centro, já iniciaram com a implantação de um sistema de drenagem pluvial, pavimentação e iluminação pública. A via também receberá 1,5 Km de ciclovia e calçadas acessíveis.

INDENIZAÇÃO

Além do drama social causado a mais de 60 mil pessoas “forçadas” a negociarem mais de 14 mil imóveis nos bairros afetados pelos problemas geológicos nas 35 minas da Braskem “infernizam” diariamente a mobilidade urbana. Mais de 350 mil veículos ficam presos em longos engarrafamentos nos horários de pico. A prefeitura de Maceió confirmou que com recursos da Braskem, constrói vias alternativas, ciclovias e instala equipamentos em investimentos que passam de R$360 milhões.O líder do prefeito na Câmara Municipal, vereador Chico Filho (MDB), avaliou que a mobilidade na capital se transformou numa situação séria. “A prefeitura trabalha várias alternativas”. Segundo o vereador, estão em fase de obras novas vias alternativas nos dois sentidos das avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro. O projeto prevê a multiplicação de vias num trecho de 10 quilômetros até o viaduto da antiga rotatória da PRF. Diante da impossibilidade de tráfego no Eixo Cepa por conta dos problemas geológicos na região, a prefeitura planeja novos eixos para interligar as avenidas Fernandes Lima e a Menino Marcelo. A situação piorou porque não há ligações das partes baixa e alta pelo bairro Mutange e o deslocamento de veículos na região estrangula o trânsito e afeta a cidade inteira. “Os vereadores buscam soluções e pedem a intervenção do Ministério Público”, disse o líder do prefeito ao revelar que as “tratativas” em busca de soluções jurídicas e ágeis estão em andamento, apesar da resistência da indústria que tem defesa jurídica forte. As tratativas sobre as indenizações de moradores e pagamentos das obras de mobilidade urbana em andamento ocorrem entre os Poderes Públicos [Estado e prefeitura], a indústria, Ministério Público Federal, Estadual e Defensoria Pública.

DMTT

“As duas principais vias de trânsito intenso na cidade: avenidas Fernandes Lima e Durval de Góes Monteiro; enfrentam uma crise muito forte por conta dos afundamentos das minas da Braskem”, afirmou o diretor-presidente do Departamento Municipal de Trânsito, André Costa. Para amenizar o caos no trecho, a DMTT está instalando sinais inteligentes em 31 pontos de semáforo para melhorar em 30% no tempo gasto no fluxo (os novos sinais trabalham com inteligência artificial com software australiano), projeta a construção do BRT com 200 ônibus que circularão 14,5 quilômetros saindo do terminal de integração no Eustáquio Gomes parando em 22 estações até a praça centenário. Esses ônibus do BRT, segundo André Costa, circularão na faixa esquerda exclusiva e acabarão com a faixa azul à direita, como o modelo de Curitiba. A obra deve iniciar no final deste ano. Com relação às novas faixas nas avenidas, o diretor da DMTT adiantou que elas terão mais duas faixas em cada sentido, entre o Ibama até o viaduto da antiga PRF. Os estudos da autarquia demonstraram que haverá redução no deslocamento pelo transporte coletivo que hoje, acontece em uma hora, cairá para 30 minutos no trajeto de 14 quilômetros.

CBTU

A CBTU também reclama de prejuízos cobra ressarcimento de R$ 1,2 bilhão por conta do trajeto interrompido do VLT entre Bebedouro e Bom Parto. Com este montante, a empresa vai construir um novo traçado para a ligação Maceió-Rio Largo. A Companhia, que transportava no VLT 12 mil passageiros/dia, hoje transporta menos de 2 mil por dia. A população que utiliza o transporte no trecho entre os bairros de Jaraguá ao município de Rio Largo, é obrigada a fazer baldeação. O trem sai da estação de Jaraguá e segue até a estação de Bom Parto, onde o usuário faz baldeação de ônibus até a estação de Bebedouro e segue viagem no VLT até Rio Largo e vice-versa. O custo é bancado pela Braskem. “A CBTU perde passageiros todos os dias por causa do transtorno da baldeação”, afirmou o superintendente Carlos Jorge, por meio da assessoria de Comunicação. A empresa projeta a construção de um novo trajeto pela parte alta da cidade. A indústria se compromete a elaborar e bancar o projeto. O projeto deveria ter sido apresentado em janeiro passado. O prazo foi prorrogado.

BRASKEM

As medidas para a melhorar a mobilidade urbana custam R$ 360 milhões, são planejadas pela prefeitura, executadas por empresas contratadas pela indústria e fiscalizadas pelo poder público, disse a direção da empresa por intermédio da Assessoria de Comunicação. Além disso, 30 conjuntos semafóricos inteligentes estão instalados no trecho entre o viaduto da PRF e a Praça Centenário, na Avenida Fernandes Lima. A previsão é que, até o fim de junho, esses equipamentos estejam funcionando.

Com relação às ciclovias estão em construção 6,2 Km na Durval de Góes Monteiro; 2,4 Km na via de ligação entre a Durval e a Menino Marcelo; 1,5 Km na Av. Menino Marcelo; 1,4 km na Rua Professor José da Silveira Camerino, além de recuperação de ruas em Chã da Jaqueira; Santa Amélia; Bebedouro; Ladeira do Calmon, revelou a assessoria de Comunicação da Braskem.

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