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PROJETO DE BARRAGENS EM AL FOCA EM IRRIGAÇÃO E GERAÇÃO DE ENERGIA

Aprovado e pago pelo governo federal em 2012, obra prevê construção de barragens nas bacias dos rios

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O presidente Lula (PT) deu sinal verde para a construção de barragens em rios de de Alagoas e Pernambuco que regularmente transbordam em períodos invernosos. O projeto já foi pago pelo governo federal há mais de dez anos. Custou R$ 10 milhões. A elaboração do projeto ocorreu após a cheia de 2010, que destruiu cidades nos dois estados. O então presidente Lula (PT) viu de perto, naquela época, o drama de 270 mil alagoanos afetados, dentre eles 70 mil desabrigados, desalojados, além de 30 mortos. Na ocasião, Lula determinou que o Ministério da Integração Nacional (hoje Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional) fizesse um projeto para conter as cheias dos rios. Das barragens previstas, só uma foi construída em Pernambuco, disse o senador Renan Calheiros (MDB), que agora quer a construção das barragens, que tem gastos iniciais previstos em R$3 bilhões. A pressão política da bancada federal e a tragédia que no final da semana passada deixou 25 mil alagoanos desalojados, desabrigados, 1 morto e causou prejuízos em 32 cidades, contribuiu para que neste terceiro governo do presidente Lula fosse autorizada a construção de barragens.

Na quarta-feira (12) o ministro- chefe da Casa Civil, Rui Costa, garantiu que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 3 contemplará o projeto de Alagoas com a construção de oito barragens - quatro delas em Pernambuco. O anúncio foi feito na presença dos senadores Renan Calheiros (MDB/AL) e Eduardo Braga (MDB/AM), durante reunião no Palácio do Planalto.

PROJETO PAGO

O projeto, aprovado e pago pelo governo federal em 2012, prevê a construção de barragens nas bacias dos rios Ipanema (no Sertão), Jacuípe (litoral Morte), Mundaú, Paraíba e Canhoto. O senador Renan mobilizou a bancada federal e aliados de Brasília para desengavetar o projeto de barragens. Conseguiu apoio nos Ministérios do Desenvolvimento Regional, Ação Social, dos Transportes, na Defesa Civil e do próprio presidente da República, revelam assessores do senador. O governador Paulo Dantas (MDB), em reunião com os ministros que estiveram em Alagoas na terça-feira (11), viu o projeto. Segundo o governador, ele prevê a contenção das águas dos rios Mundaú com barramentos M1, M2, M3 e M4, e no Paraíba teria as retenções P1, P2, P3 e P4. “A execução desse projeto estruturante tem condições de conter os prejuízos causados pelos desastres naturais que estão ficando recorrentes”, acredita Paulo Dantas.

ALERTA PREVENTIVO

Ao contrário da cheia de 2010, o governador destacou que desta vez os prefeitos foram alertados rapidamente pela Defesa Civil e tiveram o apoio direto do Corpo de Bombeiros Militar. “Os prefeitos e as coordenações municipais souberam com antecedência do volume de chuva esperado e tiveram tempo de relocar as famílias das áreas críticas. Assim, evitamos um desastre maior com a vida das pessoas”. Ressaltou também que a estratégia foi possível por conta dos investimentos feitos na Coordenação de Prevenção de Desastres Naturais da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Hídricos. “Hoje, a nossa Sala de Alerta na Semarh é digitalizada, funciona online, fornece informações e previsões 24 horas por dia e somos um dos poucos no País com tecnologia avançada. Apesar dos prejuízos materiais, houve tempo para salvar as pessoas”, disse o governador. Destacou ainda que na fase crítica dos temporais, o presidente Lula (PT) manteve contato e colocou os ministérios à disposição do socorro imediato do Estado. “A bancada federal também trabalhou e atuou em conjunto em Brasília no sentido de acelerar o socorro emergencial das 25 mil pessoas afetadas. A maioria já deixou os abrigos e retomou suas rotinas”, frisou o governador.

LESSA

Enquanto Paulo Dantas percorria as áreas atingidas com ministros, com técnicos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Defesa Civil Nacional, o vice-governador Ronaldo Lessa (PDT) trabalhava na retaguarda. “Paulo Dantas e os prefeitos foram ágeis em mobilizar a população para sair da área de risco. Este trabalho salvou muita gente”, avaliou Lessa. Com relação às propostas de remanejamento de algumas cidades nas margens de rios, Lessa considera difícil de colocar em prática. Admite, porém, a relocalização de algumas comunidades ribeirinhas como aconteceu em Branquinha, União dos Palmares e São José da Laje, em 2010. Ele demonstrou apoio aos projetos das barragens. “As barragens terão múltiplas funções: de conter as cheias, ajudar em projetos de irrigação e até na produção de energia elétrica”. Lessa fez coro com o governador Paulo Dantas ao afirmar que “não dá mais para esperar a execução desses projetos das barragens que foram elaborados em 2012 e estão pagos”. Como o projeto prevê investimentos iniciais de R$3 bilhões em obras, Lessa defende a execução casada com o governo de Pernambuco. “Os rios que causam as cheias e destruição em Alagoas nascem no estado vizinho”, defendeu Lessa.

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